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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma ação inadiável

* Roque Pellizzaro Junior


Qualquer medida que os poderes constituídos venham a tomar, com toda a razão, para pôr fim ao escândalo no Distrito Federal será bem vinda. Mas estarão tratando apenas dos sintomas e não da doença. O escândalo não é do DEM ou de outro partido qualquer. O que está em julgamento é o sistema político e os políticos como um todo. Os fatos, amplamente divulgados, infelizmente, não são únicos ou isolados. Estamos, novamente, diante de episódios que já são contumazes na estrutura da política brasileira.


As falcatruas precisam ser apuradas, e os culpados, severamente punidos. Mas teremos pouca ou nenhuma esperança que ocorrências como estas não voltem em breve a acontecer enquanto o Congresso não se debruçar para valer sobre uma bem estruturada reforma política. Mas tem que ser uma reforma séria, e capaz de manter a correspondência entre os mais profundos desejos do eleitor ao depositar seu voto na seção eleitoral e o resultado final das urnas.

A reforma começou a ser discutida já em 1993, por ocasião do plebiscito que questionava sistema e regime de governo. Na gestão do presidente FHC, o debate retornou, mas uma das poucas mudanças foi a reeleição. O foco da questão sequer foi tocado.

Parece contraditório. No entanto, quanto mais os escândalos dessa natureza se tornam comuns, maiores espaços são abertos para os que querem usar dinheiro público em seu benefício. As pessoas de bem começam a se afastar da política. Não querem ter o nome manchado com suspeitas, nem serem apontadas na rua como aproveitadoras. Por isso, daqui para a frente, precisamos tratar da doença. É imprescindivel e urgente para o país cortar o mal pela raiz.

Exigir fiscalização, prestação de contas do dinheiro público e cumprimento absoluto da Constituição Federal é um imperativo para moralizar a política.

* presidente da CNDL

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