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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Investimento no Brasil cresce, mas ainda é três vezes menor que na China
Tendência é que emergentes abocanhem mais investimentos
O investimento estrangeiro direto no Brasil cresceu 16,3% em 2010 em comparação ao ano anterior, mas ainda representa menos de um terço do montante investido na China, indica um relatório da Unctad (agência da ONU para comércio e desenvolvimento) divulgado nesta segunda-feira.
O Brasil recebeu US$ 30,2 bilhões em 2010, o maior volume entre países da América Latina pelo quarto ano consecutivo, segundo o levantamento da Unctad, chamado Global Investment Trends Monitor.
A China, por sua vez, recebeu US$ 101 bilhões - uma "performance emblemática", diz o relatório. Apenas o território de Hong Kong recebeu US$ 62 bilhões no período.
Na comparação com os demais BRICs, o Brasil também ficou atrás da Rússia (US$ 39,7 bilhões), mas à frente da Índia (que recebeu US$ 23,7 bilhões em 2010, queda de 31% com relação ao ano anterior).
Para Masataka Fujita, chefe de análise de tendências de investimentos da Unctad, "não é justo comparar nenhum país com a China, por sua economia e populações gigantescas".
"Se olhamos os números per capita, vemos que os investimentos no Brasil são grandes e que o país ganha competitividade."
Ricos x emergentes
O documento também aponta que, pela primeira vez, as economias em desenvolvimento e em transição receberam mais da metade do total de investimentos diretos estrangeiros globais destinados a atividades produtivas.
O relatório indica que as economias em desenvolvimento e em transição abocanharam, juntas, cerca de US$ 595 bilhões, mostrando uma "forte recuperação nos fluxos de investimentos a países em desenvolvimento da Ásia e da América Latina" que "ofusca um maior declínio no fluxo a países desenvolvidos".
Os países ricos receberam US$ 526,6 bilhões em investimentos, uma queda de quase 7% com relação a 2009.
"Enquanto os fluxos aos países desenvolvidos contraíram mais em 2010, as nações em desenvolvimento e transição se recuperaram", diz o relatório, graças em parte "a uma recuperação econômica relativamente rápida e a crescentes fluxos (de dinheiro) no eixo Sul-Sul".
Na avaliação da Unctad, o investimento direto cresceu 20% na América Latina em decorrência principalmente de "uma onda de fusões e aquisições" estrangeiras, focando as indústrias de mineração, petróleo e gás, alimentação e bebidas.
Fonte: UOL Notícias
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