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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mesmo com crédito e renda em alta, "boom" do consumo não deve se repetir



Mesmo diante da estabilidade econômica, os consumidores não devem embarcar em uma nova onda de consumo exagerado. Para o gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, não deve ocorrer um novo “boom” do consumo.


“A maioria dos estímulos fiscais já foi extinta”, lembra o especialista. Rabi refere-se às reduções de IPI (Imposto sobre Produto Industrializados) concedidas pelo Governo no ano passado para estimular o consumo e garantir a estabilidade econômica diante da crise financeira internacional.

O resultado dos subsídios foi a corrida dos consumidores às lojas em busca de veículos, eletrodomésticos e materiais de construção com preços menores aos que vinham sendo praticados. Excluindo todo o efeito psicológico das medidas, para Rabi, elas fizeram com que o comércio registrasse aumentos excessivos nas vendas.

“Agora devemos observar um crescimento mais sustentável das vendas do comércio”, observa o especialista. Ele prevê que nos próximos meses o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio não deve registrar aumentos acima dos 10%. “Claro que tem a questão do décimo terceiro salário, mas ele estimula as vendas de modo sazonal”, ressalta.

Crédito e renda

O especialista ainda lembra que de nada adiantariam as reduções de impostos não fossem também os aumentos da renda e da empregabilidade dos brasileiros. “O aumento da renda e do emprego também contribuíram para o aumento das vendas”, analisa. E devem ser fatores determinantes para manter o crescimento sustentável do comércio após o período de incentivos fiscais - que termina com o fim da redução de IPI para materiais de construção, em dezembro.

O orçamento familiar em dia também contribui para que os consumidores continuem comprando, mesmo sem o incentivo do IPI reduzido. Rabi explica que as taxas de inadimplência estão cada vez menores, o que também influencia o comércio a facilitar as condições para os consumidores. É um círculo virtuoso, no qual o aumento da renda e do emprego estimulam os brasileiros a pagarem suas dívidas. Com as contas em dia, os consumidores vão às compras.

O especialista acredita que o acesso ao crédito deve se manter em alta, mesmo diante de aumentos sucessivos na taxa de juros básica (Selic). “Como as taxas de inadimplência estão muito baixas e a concorrência entre os bancos privados e públicos para conceder crédito está cada vez maior, não deve haver repasse total dos aumentos da Selic para o consumidor”, explica.

Dessa forma, o consumidor continuará buscando crédito, fazendo o consumo continuar crescendo, em ritmo mais lento, mas sustentável.



Fonte: InfoMoney

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