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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Brasil 'não deve pagar o preço' por disputa cambial global, diz Meirelles


O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira em Londres que o Brasil "não deve pagar" pela excessiva desvalorização de outras moedas, que acabam tornando o real mais forte no cenário internacional.


Nos últimos meses, vários países têm usado mecanismos de mercado para desvalorizar suas moedas. A moeda fraca torna os produtos mais baratos no mercado global, o que favorece as exportações e a balança comercial de cada país.

"O Brasil não deve pagar o preço por isso", disse Meirelles, que viajou à capital britânica para dar uma palestra sobre as perspectivas da economia brasileira, a convite da BB Securities. "Se nós não lidarmos com a excessiva desvalorização de moedas pelo mundo, o Brasil vai perder competitividade no mercado internacional."

Mantega

Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia dito que o mundo passa por uma guerra cambial internacional, com vários países forçando a desvalorização das suas moedas para tornar seus produtos competitivos no mercado internacional. Mantega citou os Estados Unidos, a União Europeia e a China no seu discurso.

Em conversa com jornalistas, Meirelles disse que prefere não usar adjetivos como o empregado por Mantega para descrever a disputa cambial entre os países, embora reconheça que o problema da desvalorização de várias moedas é "muito sério".

Por outro lado, o presidente do BC teve que falar sobre as declarações de Mantega a respeito da "guerra cambial internacional", que tiveram grande repercussão na imprensa internacional. Sem citar nomes, Meirelles fez uma distinção entre dois tipos de países com moedas fracas.

De um lado, segundo o presidente do BC, estão os países cujas moedas estão desvalorizadas naturalmente como consequência de suas políticas econômicas. Na outra ponta estão os países que estão tentando forçar suas moedas a se desvalorizarem, para aumentar a competitividade dos seus produtos. É este segundo grupo que estaria provocando maiores problemas na economia global, segundo ele.

Meirelles sugeriu que há duas soluções para lidar com o problema. "Cada país pode adotar suas próprias medidas para lidar com o problema. Ou ele deverá ser debatido pelo G20", disse, em referência ao grupo que reúne as vinte maiores economias do mundo.

Fonte: G1

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