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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Com redução dos juros, brasileiros investem na poupança em outubro



A captação líquida da caderneta de poupança, diferença entre os depósitos e os saques, terminou o mês de outubro com sinal positivo. Segundo dados do Banco Central, divulgados nesta segunda-feira (7), a captação da poupança no mês passado ficou em R$ 1,073 bilhão, resultado de R$ 105,313 bilhões de depósitos e R$ 104,239 bilhões de retiradas ocorridas no período de 3 até 31 de outubro.


Este é o quinto mês consecutivo que a caderneta de poupança registra captação positiva. Em setembro, os depósitos superaram as retiradas em R$ 4,179 bilhões, segunda maior captação mensal do ano.

O professor do LabFin (Laboratório de Finanças), José Roberto Savoia, afirma que a poupança continua sendo a aplicação preferida por muitos brasileiros, por conta da segurança e da facilidade de aplicação. Além disso, com a recente redução da Selic (taxa básica de juro) nas últimas duas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), a poupança se torna mais atrativa para os investidores.

“O investidor típico da renda fixa olha para a redução da taxa de juros e fica preocupado. Os juros menores favorecem a poupança [isso porque o investimento é corrigido pela TR – taxa referencial - mais 0,5% ao mês, e não pela Selic]”, afirma Savoia.

A opinião é compartilhada pelo especialista da MoneyFit, Antonio De Julio. “Com a Selic diminuindo, alguns investidores começam a pensar que não vale tanto a pena investir em títulos atrelados a ela”, diz.

Segundo ele, os investimentos em títulos de renda fixa devem perder sua atratividade à medida que os juros diminuem. “Não há como o Brasil ser um País desenvolvido com os juros neste patamar. É preciso diminuir os juros, e isso impactaria nos investimentos de renda fixa”, afirma.

Aversão ao risco

O professor da FIA também ressalta que a aversão ao risco verificada nos últimos meses, por conta dos problemas internacionais e incertezas no mercado de renda variável, fez com que muitos investidores procurassem se proteger da volatilidade com investimentos menos arriscados.

“Houve uma transferência substancial de recursos da bolsa e de derivativos para ativos de renda fixa, como a poupança e CDB (Certificado de Depósito Bancário), afirma Savoia.

Tipos de investidores e melhores opções

Ao contrário do que muitos pensam, a caderneta de poupança não é procurada apenas por investidores com poucos recursos disponíveis ou de baixa renda. De acordo com o professor da FIA, o investidor da poupança é definido pela sua capacidade de lidar com o risco.

“É o perfil de risco que define o investidor da poupança, independentemente de quanto ele ganha ou de quanto ele consegue investir”, afirma Savoia.

Mas, segundo ele, existem outras alternativas de investimento que também garantem uma boa segurança e que proporcionam uma rentabilidade mais atrativa, mesmo com a redução de juros nos últimos meses. “Os títulos do Tesouro Direto são uma boa opção para aqueles que procuram qualidade e ativos sólidos e seguros”, afirma Savoia.

Além dos títulos, o professor ressalta que, dependendo do montante aplicado, alguns fundos de investimentos de renda fixa também podem oferecer rentabilidade atrativa. “Há alternativas interessantes, mas é preciso observar a taxa de administração antes de decidir por um fundo”, diz o professor.

Fonte: InfoMoney

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