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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Informação que vicia



O uso cada vez maior de aparelhos como smartphone e iPhone atrelado à proliferação dos canais de comunicação à distância como MSN, skype e redes sociais, fez nascer um novo tipo de usuário: o infoholic, viciado em informação, que usa a tecnologia para manter-se conectado aos amigos ou ao mundo corporativo 24 horas por dia.


Atualmente, não é incomum ver alguém em um restaurante ou em uma loja com a atenção mais voltada ao seu celular do que ao mundo ao seu redor. E não é para menos. O mundo produz cerca de 1,5 bilhão de gigabytes de informação impressa ou audiovisual por ano, e estimase que já possua muito mais que 4 bilhões de páginas da internet. Estes dados justificam o crescente número de pessoas incapazes de se desconectar do universo virtual.



O diretor da Veus Technology, Marcelo Botelho, é um infoholic assumido. Ele trabalha em uma empresa que desenvolve plataformas para celular, especialmente na área da saúde, como o sistema que possibilita aos laboratórios enviarem laudos de exames ou confirmação de consultas por SMS. Na vida pessoal, o mundo digital também está bem presente. O executivo se comunica com a família por SMS, skype ou MSN toda vez que viaja a trabalho. Segundo ele, seu filho já é familiarizado com o computador desde pequeno, justamente pela necessidade de se comunicar com o pai durante suas viagens de negócios.

“Tenho três telefones celulares com diferentes funcionalidades e recursos: iPhone 3GS (iOS), Nokia N97 mini (Symbian) e Motorola Milestone (Android). Uso os celulares o tempo todo, para falar de tudo e sobre tudo, desde um pequeno lembrete a uma longa conversa, seja pessoal ou profissional. Porém, o Nokia é apenas para uso pessoal, enquanto os outros dois, para uso profissional. Uso nos celulares o FRING para acessar meu ramal digital da empresa, além do contato por MSN e aplicativos residentes para leitura/envio de e-mail”, conta Botelho.

O executivo admite que não consegue ficar um dia inteiro sem utilizar e-mail, SMS, MSN ou outro modo de comunicação virtual. “Sempre tenho um aparelho celular com cobertura ativa para receber, pelo menos, os SMS de monitoramento dos nossos serviços, que operam 24 horas por dia, todos os dias. O meu contato com o email tem diminuído de intensidade a cada dia, sendo substituído fortemente pelo SMS e por recursos do tipo MSN”, declara o executivo.

Outro que se define um infoholic é o publicitário e diretor da agência Rae,MP, é Marcelo Ponzoni. “O que seria da minha vida se não fosse o meu smartphone? Eu tento me policiar, mas é difícil viver sem meu celular multitarefa”, admite o executivo.

Logo pela manhã ele já acessa seus e-mails, suas mensagens, pedidos de aceitação no Linkedin, citações no Twitter, entre outras tarefas que envolvam o mundo virtual. “Posso fazer uma alusão que vida de publicitário é parecida com vida de corretor da bolsa de valores. Se ele ficar um só segundo sem suas várias telas de Home Broker, cotações ou notícias do mercado, a vida para. Nossa dinâmica diária é bem parecida. Se ficarmos uma hora sequer sem visualizar os emails, navegar pelas redes ou sem saber como anda a movimentação do segmento, estamos parados. O mercado exige atualização instantânea”, defende Ponzoni.

OUTRO LADO DA MOEDA

Entretanto, apesar da sua praticidade, a comunicação digital pode ser prejudicial aos relacionamentos pessoais e profissionais se não houver um equilíbrio entre mundo virtual e real. É preciso saber a hora de promover um encontro pessoal e não ficar somente por trás da tela do computador. “O contato por e-mail, por exemplo, é frio e permite uma série de fragilidades na comunicação. Eu mesmo, várias vezes, dei respostas rápidas por e-mail que me custaram problemas como má interpretação. Portanto, em determinadas situações, acredito que um e-mail ou SMS nunca substituirão o encontro pessoal”, defende Botelho.

Fonte: Gestão & Negócio

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