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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Governo não tem intenção de aumentar preço de barril de petróleo, diz ministro



O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, descartou a possibilidade de o governo aumentar o preço do barril do petróleo fornecido pela Petrobras às refinarias. Tal medida impactaria, mesmo que indiretamente, no preço da gasolina ao consumidor.


Embora tenha pontuado o compromisso do governo quanto à estabilidade do preço do combustível, Lobão admitiu que o reajuste para cima no preço do barril "será inevitável se o custo do barril subir muito acima do patamar atual" internacionalmente.

Além de Lobão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidenta Dilma Rousseff querem que a gasolina seja vendida a preços mais baixos. O valor atual, que a população considera alto, "se deve ao funcionamento do mercado", disse.

“Um dos impactos que estão pressionando o preço, além da exploração dos postos de combustível, é o preço alto do etanol, em vista da queda na produção da cana-de-açúcar e da priorização que os produtores estão dando para a fabricação de açúcar”, explica o ministro.

Mercado

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, Lobão afirmou que a estatal está há oito anos sem reajustar o preço do barril e destacou que, há dois anos, a Petrobras baixou o preço do petróleo fornecido às refinarias, ao invés de aumentar.

De acordo com informações da Agência Brasil, o ministro disse que o plano da empresa era, há muitos anos, só reajustar o preço do petróleo quando ele ultrapassasse US$ 105 e "no entanto, o valor continua estável mesmo na situação atual", em que o preço do barril está mais alto. Lobão espera que o preço do petróleo no mercado internacional vá se estabilizar, a partir do equilíbrio da produção na Arábia Saudita, que está sendo esperado.

"A intenção do governo é que a Petrobras passe a tratar o etanol como combustível, cuidando do aumento de sua produção", argumentou. A fixação anual de um percentual de produção de álcool combustível e de cana-de-açúcar, de acordo com estimativa da safra, teria que ser fixado por meio de lei, disse Lobão. A maioria das usinas que processa a cana foi financiada com estímulo do governo, por isso os produtores têm de trabalhar pelo equilíbrio da situação.

Fonte: InfoMoney

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