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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pega mal no trabalho dizer que você faz terapia?



Quando começou seu novo emprego, a publicitária Larissa Andrade, de 30 anos, contou a sua chefe que fazia análise. “Comentei sobre o processo porque a terapia pode significar alguma restrição de horário. Já tive de mudar o horário da consulta ou cancelar a sessão por conta do trabalho, mas evito fazer isso”, explica.


Larissa diz que a notícia foi bem recebida e entendida como algo importante para o seu bem-estar. “Faço terapia há vários anos, sendo que parei por um tempo duas vezes. É uma maneira de entender e balizar as minhas atitudes, tanto na vida pessoal quanto no trabalho. Já tive também chefes e colegas que comentaram sobre fazer terapia.”

Casos como o da publicitária, em que a notícia é bem recebida pela empresa, não são unanimidade. A psicóloga Claudia Carraro, consultora da Carreira & Cia, de São José dos Campos (SP), diz que existe muito preconceito em determinadas companhias contra quem faz terapia. “Muitas pessoas ainda pensam que ir ao psicólogo é coisa de quem está 'louco' e esse preconceito atrapalha muito na hora de tomar a decisão de ir procurar esse profissional”, afirma.

Problemático

Claudia acredita que, no senso comum, quem faz terapia necessariamente está com um problema mental ou psicológico. Por isso, muitas pessoas têm vergonha de falar que passam por esse tipo de tratamento, pois temem serem considerados diferentes. “Mas tudo vai depender de como a própria pessoa que faz a terapia encara a análise. Se ela própria tem preconceito e vergonha, é possível que passe essa mensagem para as outras pessoas”, diz.

Foi por medo de ser interpretado como “problemático” que o corretor de imóveis M.D, que não quis se identificar, omite da empresa que faz análise. “Uma vez, ouvi um comentário maldoso de um colega sobre outro que fazia terapia, dizendo que ele era gay ou que tinha algum outro segredo e por isso fazia terapia. Percebi que a maioria da equipe não sabe ou não entende o que é esse processo. Então, decidi me preservar”, conta.

Foro íntimo

Para a psicóloga Juliana Mello, o corretor de imóveis agiu corretamente. “Fazer análise não é encarado tão naturalmente quanto fazer academia. É uma questão de foro íntimo e deve ser aberta quando o profissional se sentir confortável com o ambiente. Claro que isso também depende de como ele próprio enxerga esse processo de análise. Se ele for bem resolvido, não vai ser atingido por maus comentários”, opina.

Claudia Carraro esclarece que a terapia ou psicoterapia é direcionada a qualquer tipo de pessoa. “É um espaço para conversar com um profissional que foi preparado para a escuta, em um lugar onde a pessoa poderá falar sem julgamentos e críticas sobre seus sentimentos, dificuldades e conflitos e também tratar de casos como depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, entre outros”, comenta

Fonte: Último Segundo

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