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terça-feira, 11 de outubro de 2011
Entenda por que a Bolsa de Valores sobe ou cai
Se você ainda não acompanha de perto o mercado acionário, pode ter algumas dúvidas em relação ao tema. E, antes de começar a operar com renda variável, é interessante aprender alguns conceitos básicos para que você fique mais seguro e consiga compreender melhor como funciona o mercado.
Em primeiro lugar, você sabe por que o preço das ações varia e o que significa dizer que a Bolsa de Valores fechou em alta ou em queda? Já parou para pensar como é medido o desempenho de uma Bolsa de Valores?
Para começar, quando falamos que a Bolsa subiu ou caiu, estamos nos referindo ao principal índice dela. Na BM&FBovespa, por exemplo, o principal referencial é o Ibovespa (Índice Bovespa).
O Ibovespa
O Ibovespa nada mais é do que uma carteira teórica que reúne, atualmente, as 68 ações com maior volume de negociação do mercado acionário nacional.
“A finalidade básica do Ibovespa é a de servir como indicador médio do comportamento do mercado. Para tanto, sua composição procura aproximar-se o máximo possível da real configuração das negociações à vista (lote-padrão) na BM&FBovespa”, diz o site da Bolsa.
O economista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira, explica que cada ação tem um peso proporcional ao volume negociado no último ano. Na carteira teórica atual, por exemplo, o maior peso é das ações preferenciais da Petrobras (PETR4), com 9,893% do total. Na sequência, aparecem as ações preferenciais classe “A” da Vale (VALE5), que representam 9,786% do total do Ibovespa.
“As ações da Vale e Petrobras estão sempre no topo da carteira teórica, por serem as mais negociadas da bolsa”, explica Vieira.
Assim, o Ibovespa procura refletir o que acontece na Bolsa de Valores nacional e a indicar a direção do mercado.
“As ações que compõem o índice são responsáveis por cerca de 80% de todo o volume negociado na Bolsa”, explica o diretor da Valore Investimentos Personalizados, Sérgio Quintella.
Altas e baixas
O movimento de alta e de queda do índice, assim como em qualquer mercado, é definido pela oferta e pela demanda. Ou seja: quando os investidores estão comprando mais um ativo e dispostos a pagar mais por ele, os preços sobem. Se a maioria resolve vender suas posições e a oferta supera a demanda, os preços tendem a cair.
“A Bolsa é como uma feira. Se tem muita gente querendo vender os papéis, o preço recua. Se tem muita gente querendo comprar, a tendência é que o preço suba”, compara Quintella.
Por que isso acontece?
A pressão compradora e vendedora de uma ação pode acontecer por diversos motivos: questões da economia nacional, notícias internacionais, ou mesmo por motivos relacionados à própria empresa.
“Neste momento, por exemplo, os problemas na Europa, principalmente na Grécia, e todas as incertezas em relação aos Estados Unidos estão afetando a maioria dos papéis da bolsa brasileira”, afirma Vieira, da Souza Barros.
Com isso, o principal índice da bolsa paulista já acumula queda de 23,13% neste ano (até o fechamento desta segunda-feira, 10).
Problemas na economia do país também podem afetar negativamente o desempenho das ações e, consequentemente, fazer com que as ações se desvalorizem.
O contrário também é valido: se a economia está sólida, sem grandes problemas tanto interna quanto externamente, os investidores podem ficar mais propensos ao risco e voltar a comprar no mercado de ações, fazendo com que os papéis se valorizem.
Mas existem outros fatores que podem influenciar o preço das ações, como o próprio desempenho da empresa, ou as expectativas para o setor onde ela está inserida.
“Se uma empresa começa a sofrer com a concorrência externa e a perder espaço para produtos importados, por exemplo, suas vendas podem cair e isso pode acabar refletindo no desempenho das ações”, aponta o economista da Souza Barros.
Já se a empresa estiver em um bom momento, com resultados positivos e um balanço financeiro saudável, as ações também podem ter um desempenho favorável, mesmo na contramão do restante do mercado.
Fonte: InfoMoney
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