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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Não é preciso um tiro de canhão para diminuir a inflação, diz Mantega




Na manhã da última sexta-feira (12), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que o governo poderia tomar medidas impopulares para diminuir a inflação. A fala supreendeu o mercado, principalmente por conta do seu emissor, uma vez que Mantega sempre esteve otimista acerca das metas a serem cumpridas pelo governo em relação ao crescimento econômico e à contenção da inflação.

Isso sinalizou que a volta do ciclo de alta da Selic está próxima sendo que, para alguns economistas, ela deve ser iniciada logo na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que se encerra na próxima quarta-feira (17).

Entretanto, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no último sábado, Mantega destacou que não se manifesta sobre juros, sendo esta uma questão para o Banco Central. De acordo com ele, o que interessa é o juro de longo prazo, que serve para estimular os investimentos. 

Questionado do motivo para a inflação seguir em trajetória de aceleração, apesar da desoneração da cesta básica, postergação dos reajustes de transporte público e redução da conta de luz, Mantega destacou que houve duas secas nos Estados Unidos e no Brasil, além da mudança cambial, com a desvalorização do real frente ao dólar, que encareceu a exportação.

''Todo ano tem algum vilão, que já foi o feijão, a carne, e agora é o tomate. A produção agrícola foi negativa no ano passado, e essa foi uma das razões por trás do PIB de 2012''.

Tiro de metralhadora e não de canhão
De acordo com o ministro, não há necessidade de que os juros voltem ao patamar de antes do ciclo de cortes, poque a política monetária está mais eficiente e a economia está ''se desindexando''. Mantega destaca que o patamar de juro está um pouco maior do que o de outros países, por conta do resquício inflacionário passado e que a política monetária está mais eficaz.

''Isso significa que, se precisar - subir os juros-, não é necessário um tiro de canhão. Pode ser um tiro de metralhadora'', afirmou Mantega.

Mantega avaliou ainda que, em meio à suposta contradição entre emprego versus inflação, o governo não irá jogar fora o maior avanço recente, que é não ter desempregado. O ministro destaca ainda que a população brasileira está bastante satisfeita, em contraponto aos países em que o desemprego está bastante alto, em que o salário está mais baixo, mas que não há mercado. ''Acho um absurdo pensar que isso é uma vantagem'', destacou. 

Fonte: InfoMoney

 


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