Os aplicativos financeiros para smartphones estão sendo cada vez mais procurados por aqueles que buscam comodidade, praticidade e organização da própria vida financeira.
De acordo com o educador financeiro Álvaro Modernell, sócio-fundador da Mais Ativos, todos os produtos utilizados para melhorar a organização financeira são muito bem vindos e podem servir como uma maneira de controlar melhor o orçamento. “Cada um deve buscar o tipo de instrumento que deixe mais confortável para fazer o controle das suas finanças”, afirma o educador.
Cotações on-line
De olho no crescimento do mercado de smartphones, a Bolsa de Valores de São Paulo lançou, no início do ano, os aplicativos BM&FBovespa para iPhone e para a plataforma Android.
Os aplicativos oferecem informações sobre os mercados da Bolsa, com índices em tempo real, cotações de ações, commodities, mercados futuros, gráficos, notícias sobre bolsa, entre outras funções.
“O mundo mobile está crescendo bastante. Vemos muitas empresas lançando tablets, além do grande número de smartphones. Definitivamente, os aplicativos para esses sistemas são uma tendência”, afirma a gerente de internet da BM&FBovespa, Renata Martins.
Segundo ela, a área de finanças e investimento é uma das que mais se encaixam no uso dos aplicativos para smartphone. “As pessoas buscam mobilidade, praticidade, facilidade e velocidade”, ressalta a executiva.
Crescimento
De acordo com ela, o número de pessoas que utilizam os dispositivos móveis para acessar o site registrou um crescimento significativo no ano passado. “Em janeiro de 2010, tínhamos cerca de 27,9 mil acessos à versão mobile do site da Bolsa. Em dezembro, esse número saltou para 71 mil acessos”, conta Renata.
Com isso, a Bolsa resolveu disponibilizar a versão para download, o chamado aplicativo, que também tem registrado números expressivos. “A gente está com números altíssimos. São, em média, 2,3 mil downloads por mês da versão para iPad, mais uma média de 3 mil downloads por mês do aplicativo de iPhone e 3 mil para plataforma Android”, diz Renata.
Organização financeira
Também de olho no crescimento do mercado de dispositivos móveis com acesso à internet, o site de gerenciamento financeiro Yupee disponibiliza uma versão mobile os usuários que acessam via tablets ou telefone celular.
“É uma versão resumida do que está disponível na Web. É possível usar algumas funções que têm na web, como anotar os gastos do dia a dia”, afirma o criador do site, Fabio Mainardi.
Segundo ele, o site foi criado devido à necessidade de uma ferramenta para educação financeira em prática. “O brasileiro está super endividado. As pessoas descobriram que podem comprar muito mais do que ganha, por meio de financiamentos. Com isso, surge a importância de organizar as finanças e ter um controle melhor dos gastos”, afirma o diretor.
De acordo com o executivo, existe uma necessidade cada vez maior de dispositivos que permitam ao usuário autogerenciar as suas finanças. “As pessoas estão procurando elas mesmas resolverem seus problemas financeiros. Prova disso é que a utilização do banco pela internet registrou um aumento de 250% entre 2003 e 2009”, afirma.
Segurança
De acordo com o o perito em crimes digitais e diretor da E-Net Security, Wanderson Castilho, no caso de aplicativos financeiros para iPhone e para o iPad, ambos da Apple, existe uma grande segurança para o usuário, já que os aplicativos só podem ser baixados por meio da Apple Store (loja virtual da marca).
“A não ser que você instale um programa e abra essa possibilidade de instalar aplicativos 'não oficiais'. Entretanto, quando você faz isso, perde todo o senso por parte da segurança do sistema”, ressalta Castilho.
Segundo o perito, para os sites que possuem versão mobile, as dicas de segurança são as mesmas da versão original, como sempre se atentar para o cadeado de segurança e não baixar nenhum arquivo suspeito.
“Nos smartphones existem até torpedos com links direcionados, para instalar cavalos de troia (vírus que se instalam no sistema operacional e roubam ou destroem dados). Então, é preciso seguir os níveis de segurança e ter até mais cuidado”, afirma o especialista.
Fonte: InfoMoney
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