A Entidade...

Minha foto
A CDL tem por finalidade promover a aproximação dos associados, de modo a estimular o companheirismo e a ética profissional, amparar, defender e orientar os interesses dos associados.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mulheres da classe C investem em educação, beleza e lazer



Qualificação profissional, educação para os filhos, beleza e lazer. Esses são os itens que ganharam espaço no orçamento familiar das mulheres de classe C. Com o crescimento do poder de compra verificado nos últimos anos e o aumento da participação no mercado formal de trabalho, elas mudaram, e muito, seus padrões de consumo, avalia Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa especializado nas classes C e D.


“O aumento da renda formal levou as mulheres da classe C a um novo patamar, em que é possível planejar as finanças e conquistar o que antes parecia inatingível, como educação de boa qualidade tanto para elas, quanto para os filhos. E, mesmo tendo empregos formais, essas mulheres ainda complementam a renda fazendo bicos e atividades extras que permitam dar mais conforto à família”, diz Meirelles.

Renda extra

É o caso da babá Dalva Pena, 40, que vive com o filho de 21 anos e a filha, de 17. Com uma renda fixa mensal de R$ 1,7 mil, ela se considera uma profissional de ‘1001 utilidades’. “Além de trabalhar em outras casas como babá nos meus horários de folga, também recebo encomendas de doces e bolos e participo do comitê de um candidato a vereador em São Paulo”, diz.

Dalva conta que guarda praticamente todo dinheiro provenientes de suas atividades extras. Em média, ela deposita, mensalmente, R$ 400 em um fundo de renda fixa. O objetivo, diz, é assegurar o futuro da família. “Temos alguns planos, como comprar uma pequena casa para alugar ou até mesmo trocar de carro. Mas, por enquanto, não planejo usar o que tenho no fundo. A ideia é guardar”, afirma.

Apesar da preocupação em construir uma vida melhor e de reconhecerem a importância de poupar para o futuro, casos como o de Dalva ainda são poucos entre as mulheres da Classe C, que têm dificuldades em guardar dinheiro. “O conceito de poupança tem valor para essas mulheres, mas elas ainda têm muitos sonhos de consumo a serem realizados, o que dificulta bastante a criação de uma reserva”, afirma Martinelli.

Entre a vontade de consumir e a necessidade de poupar, as mulheres da classe C adotam diferentes estratégias para organizar o orçamento doméstico. A analista de projetos Paula Espíndola Teles, 29 anos, é adepta das planilhas de gastos. Com uma renda mensal de R$ 4 mil, ela sustenta a casa onde vive com sua filha de nove anos, o noivo e os sogros. Desde que o noivo e o sogro ficaram desempregados, há quase um ano, ela arca sozinha por todas as despesas da família. O rígido controle das finanças é, segundo ela, o segredo para não se endividar.

Fonte: Último Segundo

Nenhum comentário:

Postar um comentário