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segunda-feira, 18 de março de 2013

Entenda o que é pirâmide financeira




A pirâmide financeira é um modelo comercial não sustentável, caracterizado como fraude e muitas vezes mascarado sob o sistema de “marketing multinível”. O esquema envolve a troca de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas ou, por exemplo, por postagens diárias de anúncios publicitários da empresa na internet, sem qualquer produto ou serviço ser entregue.

O caso mais recente registrado foi o da empresa de anúncios e tecnologia VOIP (telefonia via internet), TelexFree, que após mais de 10 anos em operação, foi acusada, na semana passada, pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.

De acordo com o Ministério da Fazenda, a pirâmide financeira é um crime contra a economia popular, afinal, propõe a oferta de ganhos altos e rápidos, o pagamento de comissões excessivas, acima das receitas advindas de vendas de bens reais e a não sustentabilidade do modelo de negócio desenvolvido pela organização.

“O motivo de tanto esquema de pirâmide financeira é a falta de fiscalização, da qual muitos aproveitam para tentar angariar dinheiro fácil”, afirmou o educador financeiro do Instituto Dsop, Reinaldo Domingos. Já para Álvaro Modernel, educador financeiro e sócio da Mais Ativos, essas práticas são alimentadas pela ganância e a ambição dos seres humanos.

O maior errado: a empresa ou o cliente? Os dois
Segundo Reinaldo, se a prática ilegal fosse fiscalizada pelos órgãos responsáveis, não iriam ter tantas empresas cometendo este crime. “Falta também uma ação preventiva. Não podem ficar permitindo a abertura de empresas deficitárias”, diz o educador.

A explicação de acordo com Álvaro abrange outra esfera. “Se não tivessem interessados, não teriam empresas fazendo. As pessoas com a ânsia de ganhar dinheiro fácil e rápido são atraídas pela promessa tentadora e mentirosa da praticante da pirâmide financeira. A empresa sempre deixa as primeiras pessoas ganharem alguma coisa, mas as outras com certeza irão perder”, explica.

“Um em cada 10 ganha dinheiro em um esquema como esse, e esse um que ganhou é o que vai ter problemas com a polícia. Em mercado nenhum do mundo uma pessoa ganha dinheiro fácil sem outra perder. E quem perde é normalmente  o mais ingênuo ou que está desesperado, perdeu o emprego... A pessoa se empolga, vende seus bens e acaba perdendo tudo, além de contrair dívidas”, concluiu o sócio da Mais Ativos.

Em uma pirâmide financeira, além da empresa que oferece o “serviço” estar cometendo um crime, todas as pessoas que viram “sócias” dela estão alimentando uma prática ilegal. “Antes de começar a participar de um marketing multinível, é importante correr atrás da missão e dos objetivos da organização, ver se ela oferece um produto que seja efetivamente necessário ou que agregue valor, porque se não você pode cair em um esquema de pirâmide”, explicou Reinaldo.

“Vá ao Reclame Aqui e no Procon e veja se a empresa não está sendo chancelada como um problema, porque o risco é alto e, se a empresa quebrar, a possibilidade das pessoas perderem todo o dinheiro é muito grande. Precisa de muito cuidado”, completou.

Pirâmide financeira X Marketing multinível
Ainda segundo Reinaldo, as pessoas não devem misturar a pirâmide financeira com o marketing multinível, ou de rede, que é uma prática legal. Se a empresa faz o marketing de rede, mas contém um patrimônio líquido de garantia real que sustenta a operação, ao invés de utilizar os clientes novos para pagar os antigos, a ação não é configurada como pirâmide financeira, pois não tem risco.

Para ele, um exemplo é a Herbalife, que realiza o marketing multinível, mas oferece produtos físicos em troca, além de ter uma filosofia de qualidade de vida. “O problema é quando o retorno não é em produto e sim em serviço. Fica mais complicado e difícil de apalpar. É um processo de altíssimo risco. Se tivesse um órgão regulador que obrigasse a companhia que quer realizar o marketing multinível a ter dinheiro suficiente na reserva, tudo seria melhor”, afirmou.

Fonte: InfoMoney

 


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