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terça-feira, 20 de setembro de 2011
Empresários reprovam sistema tributário brasileiro, mostra pesquisa CNI
Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (20) pela CNI (Confederação Nacional na Indústria) apontou que a maioria dos empresários brasileiros estão pouco ou nada satisfeitos com o sistema tributário nacional.
Para se ter uma ideia, a expectativa é que pelo menos três quartos da indústria reprovem as características apresentadas por tais cobranças. A avaliação considerou o número de tributos, a estabilidade das regras, os prazos, a simplicidade, a transparência e a segurança jurídica do sistema em questão.
Reprovação
De acordo com a Sondagem Especial sobre a Qualidade do Sistema Tributário Brasileiro, que contou com a participação de 1.692 empresas de todo o País, 96% dos empresários entrevistados criticaram a quantidade de tributos existentes, enquanto que outros 91% consideraram tal tributação excessiva.
Outro dado interessante apurado pelo levantamento tratou da simplicidade de tal método de cobrança. Ao que consta, 90% dos entrevistados elegeram este como o aspecto que mais merece critícas do setor, colocando o item na segunda posição: 59,8% consideram o tópico muito ruim e 30,5% 'ruim'.
Já a transparência ocupou o terceiro lugar no ranking, representando a opinião de 86% dos empresários, que consideram o sistema muito ruim e ruim. Nesta categoria, apenas 0,9% das empresas consultadas avaliaram a transparência das cobranças de forma positiva.
Prazos viáveis
Os prazos de recolhimento dos tributos, no entanto, foi o item que apresentou o maior percentual de opiniões positivas, apesar de as opiniões negativas ainda serem a maioria. Para se ter uma ideia, neste quesito, 22,9% dos entrevistados avaliaram o item como bom, enquanto que apenas 0,5% informaram achar que os mesmos sejam muito bons. No entanto, 35% e 41,6% avaliaram o item como muito ruim e ruim, nesta ordem.
ICMS
O ICMS foi apontado por 70,1% dos empresários como o imposto mais prejudicial à competitividade da indústria brasileira. De acordo com a CNI, se somente as empresas optantes pelo Simples Nacional fossem consideradas, tal percentual seria de 76,9%.
Entre os que não defendem alterações no ICMS em uma reforma tributária, figuram apenas 1,4% dos empresários entrevistados. Além disso, o levantamento deixou claro que 9,5% dos entrevistados não possuem uma opinião formada sobre o tema.
Já os que manifestaram a necessidade de uma alteração em tal tributo foram 72,4% – para eles, unificar as alíquotas do ICMS entre os estados deveria ser uma prioridade, assim como simplificação de procedimentos e exigências.
Fonte: InfoMoney
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