O desemprego brasileiro
caiu a 4,3 por cento em dezembro e igualou a mínima histórica, mas a principal
razão para isso foi a menor procura por trabalho.
A
taxa de dezembro da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta
quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou
0,5 ponto percentual abaixo da que foi registrada em novembro, e também aquém
da mediana das expectativas em pesquisa da Reuters, de 4,6 por cento.
Com
isso, a taxa média de desemprego do ano passado ficou em 4,8 por cento, também
marcando o menor nível histórico, abaixo dos 5,4 por cento vistos em 2013.
Embora
a taxa de desemprego calculada pela PME permaneça em patamares historicamente
baixos, o mercado de trabalho brasileiro vem mostrando sinais de exaustão
diante da fragilidade da economia, da inflação alta e dos juros elevados.
O
país criou menos de 400 mil postos de trabalho com carteira assinada em 2014,
segundo o Ministério do Trabalho, o pior desempenho em 12 anos, apontando para
mais um ano fraco em 2015.
INATIVIDADE
Sinal
disso é que a população ocupada diminuiu 0,7 por cento em dezembro sobre
novembro e recuou 0,5 por cento ante o mesmo período do ano anterior, chegando
a 23,224 milhões de pessoas.
A
queda da taxa em dezembro decorre principalmente da redução na população
desocupada, que são as pessoas sem trabalhar mas à procura de uma oportunidade.
Esse contingente recuou 11,8 por cento na comparação mensal e caiu 0,9 por
cento na base anual, atingindo 1,051 milhão de pessoas.
Historicamente,
no fim de cada ano há uma redução na procura de trabalho, principalmente entre
Natal e Ano Novo.
As
pessoas que decidiram migrar do mercado de trabalho para a inatividade também
exerceram forte influência. A população inativa aumentou em dezembro 2,2 por
cento sobre novembro, e subiu 3,5 por cento sobre o ano anterior.
O
IBGE informou ainda que, em dezembro, a renda média real caiu 1,8 por cento
sobre novembro mas avançou 1,6 por cento sobre um ano antes, a 2.122,10 reais.
Em 2014 como um todo, a média anual da renda subiu 2,7 por cento sobre 2013.
Pelos
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, prevista
para substituir a PME, a taxa de desemprego ficou estável em 6,8 por cento no
terceiro trimestre de 2014. Os números do último trimestre do ano passado serão
publicados em 10 de fevereiro.
Para
reverter o quadro econômico e também reconquistar a confiança de investidores,
a nova equipe econômica vem anunciando medidas fiscais para reorganizar as
contas públicas.
Fonte: UOL Notícias
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