Apesar do resultado abaixo do esperado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que para 2012 a economia brasileira deverá seguir uma trajetória de crescimento maior que o de 2011, fechando o ano em torno de 4,5%.
"Uma série de estímulos já estão sendo implantados, entre eles a redução de juros e o barateamento do crédito. Também há o estímulo dos investimentos, o governo está preparando um programa grande nesta área. Várias frentes estão sendo estimuladas e portanto as condições para um crescimento maior estão dadas", afirmou.
Segundo Mantega, no segundo semestre a economia estará crescendo cerca de 5%, para fechar na média prevista.
A economia brasileira cresceu apenas 2,7% em 2011. O resultado, divulgado nesta terça-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), representa menos da metade da expansão de 2010 (7,5%) e ficou bem abaixo das projeções apresentadas pelo governo (5%) e pelos economistas de mercado (4,5%) no início de 2011.
Segundo Mantega, a desaceleração da economia brasileira em 2011 é reflexo do agravamento da crise internacional. Ele disse que no primeiro semestre foi feito um ajuste para reduzir o forte crescimento registrado em 2010 e que devido à pressão inflacionária mundial podia gerar um aumento da inflação também internamente.
"Houve a necessidade de controle da inflação no primeiro semestre, porém não contávamos com o agravamento da crise no segundo semestre. Se isso não tivesse acontecido nosso crescimento seria mais próximo dos 4% e não dos 3%", explicou.
Fonte: Folha.com
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