Os bancos privados HSBC, Santander, Itaú e Bradesco que reduziram juros de diversas linhas de crédito ao consumidor depois que instituições financeiras públicas (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) tomaram a medida deveriam ter feito os cortes antes, na avaliação de Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda.
"Os bancos privados já deveriam ter reduzido juros, e sem reclamar", afirmou.
Ele destacou que "é evidente" que a tendência dos juros de longo prazo do país é cair.
Em relação ao juro básico da economia (a taxa Selic), Netto disse acreditar que o Comitê de Política Monetária faça mais um corte nesta quarta-feira, de 0,75 ponto percentual, o que levaria a taxa para 9% ao ano, e depois interrompa as reduções para avaliar os efeitos dessas medidas na economia.
Netto destaca que a poupança é, hoje, o maior entrave a uma queda mais acentuada do juro básico [que remunera outros tipos de investimento em renda fixa].
"A poupança é o principal empecilho para que a taxa real de juro [descontada a inflação] caia para menos de 6% ao ano", afirma. "Até é possível reduzir, mas aí você teria todo mundo na poupança e fecharia todo o resto."
Fonte: Folha.com
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