O novo corte de 0,75 ponto percentual
O sócio e gestor da Inva Capital, Luiz Augusto Pacheco, concorda, mas acredita que a migração só deve acontecer caso a Selic continue caindo e a remuneração da poupança permaneça a mesma. “Está chegando no limite em que a rentabilidade dos investimentos de renda fixa, descontando a taxa de administração e o Imposto de Renda, se aproxima muito da poupança”, afirma.
Mudança na remuneração da poupança
Apesar de o governo negar que esteja estudando alterar a remuneração da caderneta de poupança, especialistas afirmam que este é um caminho natural. “O governo vai ter que repensar nas regras da remuneração da poupança. Isso porque, se os recursos migrarem dos títulos públicos para a caderneta de poupança no curto prazo, isso vai dificultar que o governo financie as suas dívidas”, afirma Coutinho.
O gestor da Inva concorda. “À medida que Selic continuar sendo reduzida, voltaremos a ter discussões de alçada política”, afirma Pacheco.
A mesma opinião tem o Vice-Presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira. “Este cenário e as prováveis novas reduções da Selic deverão apressar prováveis mudanças nas regras da poupança para evitar migração de recursos e, com isso, evitar os problemas que esta situação trará ao sistema (excesso de recursos para a poupança de um lado e dificuldades de financiamento da dívida pública de outro)”, afirma.
Fonte: InfoMoney
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