Inadimplência das empresas é a maior desde 2010 para o mês de março
A inadimplência das empresas
brasileiras subiu 18,8% no mês passado, na comparação com igual mês de 2011,
sendo a alta considerada a maior em dois anos para o mês de março.
Na variação entre o
terceiro mês do ano e fevereiro de 2012, houve elevação de 11,06%, já na
comparação entre o primeiro trimestre deste ano e do ano passado, houve aumento
de 21,01%, conforme mostra o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta
segunda-feira (30).
Os economistas da instituição
explicam que a alta na comparação mensal ocorreu em razão do maior número de
dias úteis do mês de março na comparação com fevereiro deste ano, que também
teve o Carnaval. "Isso contribuiu para que muitas ocorrências de
inadimplência fossem registradas em março, elevando o indicador", afirmam.
Segundo eles, dados do
Banco Central mostram ainda que o aumento da inadimplência do consumidor
e o crédito para empresas ainda com juros elevados também
pressionaram a inadimplência. "Cabe lembrar que neste mês a indústria
alimentícia estava produzindo chocolate para a Páscoa e parte do varejo estava
formando estoque, ambas as atividades demandando maior volume de crédito",
esclarecem.
Valor médio das
dívidas
Decompondo o
indicador, no primeiro trimestre, se comparado ao mesmo período de 2011, a
inadimplência com dívidas não bancárias, como cartões de crédito, financeiras,
lojas em geral e prestadoras de serviços de telefonia, energia e água,
cresceu 3,4%. Já a inadimplência com dívidas bancárias cresceu 2,8%, enquanto
dos cheques sem fundos e protestos cresceram 9% e 11,7%, respectivamente.
Nos primeiros três meses de
2012, o valor médio das dívidas não bancárias, foi de R$ 783,40, enquanto nas
dívidas com bancos, o valor médio verificado no período foi de R$ 5.273,76.
Já os títulos protestados
registraram, no período, um valor médio de R$ 1.884,80. Por fim, os cheques sem
fundos tiveram um valor médio de R$ 2.210,76.
Metodologia
O Indicador Serasa
de Inadimplência de Pessoa Jurídica, por analisar eventos ocorridos em todo o
Brasil, reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. O modelo
estatístico de múltiplas variáveis considera as variações registradas no número
de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com as
instituições financeiras. A divulgação é mensal.
Fonte: InfoMoney
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