Os bancos
reduziram os juros e estão mudando a forma de cobrança dos cartões, após forte
pressão do governo e aumento da concorrência com os bancos públicos.
O
consumidor atento poderá se beneficiar desse momento de transição com taxas e
condições melhores para usar os cartões, além de se adiantar à possível redução
no parcelamento sem juros das lojas.
Iniciada
por Caixa e BB, a redução dos juros do crédito rotativo, que incidem quando o
consumidor não paga a fatura integral no vencimento, chegou na semana passada
ao Bradesco, que baixou as taxas de 14,9% para 6,9% ao mês para os cartões com
bandeiras Visa, American Express, ELO e Mastercard.
Já o Itaú
aposta em um sistema completamente diferente de cobrança, que lembra o
americano, em que o cliente paga o rotativo desde o primeiro dia da compra, mas
com os juros caindo de 12% ao mês para 5,99% -em apenas um tipo de cartão.
No
convencional, as taxas dos clientes do Itaú desceram para 9,9% ao mês.
As duas
iniciativas são as primeiras dos privados para o que promete ser uma mudança
radical na forma como bancos, lojistas e consumidores trabalham com o cartão de
crédito.
O Brasil
é um dos países de maior penetração dos cartões de débito e crédito do mundo.
Já tem 717,8 milhões de unidades, sendo 183,6 milhões na modalidade crédito.
No
entanto, os cartões são um instrumento de crédito perigoso, que respondem por
28% da inadimplência do consumidor, quando não é bem utilizado.
No
Brasil, uma em cada três pessoas que entra no rotativo do cartão acaba ficando
inadimplente.
No
entanto, só entre 10% a 12% dos donos de cartões entram no rotativo. Os demais
pagam as contas em dia, sem cobrança de juros.
São esses
clientes do rotativo, considerados de alto risco e que encaram juros de até 15%
ao mês que, junto com as anuidades, bancam a comodidade e a facilidade dos
demais.
Fonte: Folha.com
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