Dois indicadores divulgados hoje pela Fundação Getulio
Vargas (FGV) sinalizam enfraquecimento do mercado de trabalho brasileiro.
Referentes ao mês de abril, esses índices tentam antecipar a tendência do
emprego e mostrar a percepção do consumidor a respeito da oferta de vagas.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 3,2% em
abril, ante março, considerando-se dados livres de influência sazonal. Foi a
maior queda desde julho de 2013, quando houve recuo de 5,6%. Para a FGV, o resultado
sinaliza um aprofundamento da desaceleração no ritmo de contratações nos
próximos meses.
Os componentes que mais contribuíram para a queda em abril
do IAEmp foram os indicadores que medem o grau de satisfação com a situação
atual dos negócios, da Sondagem da Indústria, que cederam 4,4%. Também houve
recuo de 4,3% no otimismo com a evolução do mercado de trabalho nos meses
seguintes, da Sondagem do Consumidor. O índice é construído como uma combinação
de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor.
O outro indicador, o Coincidente de Desemprego (ICD),
registrou alta de 2,8% em abril, sobre março, considerando-se dados livres de
influência sazonal. "Embora seja a maior alta desde julho de 2013 (7,1%),
o resultado foi insuficiente para reverter a tendência de queda do indicador
quando medido em médias móveis trimestrais", diz a FGV em nota. Em outras
palavras, a percepção dos brasileiros a respeito da oferta de emprego piorou em
abril, mas ainda exibe tendência positiva.
As classes que mais contribuíram para essa piora de
percepção foram as dos consumidores com renda familiar de até R$ 2.100,00 e os
que possuem renda entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados - em
quatro classes de renda familiar - do quesito da Sondagem do Consumidor que
capta a percepção do entrevistado a respeito da situação atual do mercado de
trabalho.
Fonte: Valor ONLINE
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