Já
surpreendi vários empreendedores de primeira viagem defendendo seus planos de
negócios sem ter uma noção exata do tempo de maturação e, principalmente, de
retorno dos ganhos de seus negócios.
Se
analisarmos as propostas, perceberemos que está tudo lá, desde a previsão dos
recursos necessários para a instalação de escritórios, linhas telefônicas,
equipamentos e pessoal qualificado até a estimativa de nicho de mercado, com
vários níveis de consumo: pessimista, otimista e intermediária.
Mas,
talvez pelo hábito ou inexperiência de lidar com o fator tempo, os marinheiros
de primeira viagem não equacionam com precisão o tempo de retorno dos
investimentos iniciais.
Essas
decisões os empreendedores só as considerarão como determinantes quando
"colocarem o bloco na rua".
E,
passados alguns meses, perceberem que esgotaram as reservas pessoais e da
família e que precisam fazer frente às dívidas pessoais e às novas obrigações
de impostos, alugueis e despesas que a própria empresa gera.
Nessas
horas de angústia, o fator tempo entra nas equações. E os novos empreendedores
passarão a se preocupar tanto com os prazos inadiáveis dos recolhimentos de
impostos, como precisarão ter uma previsão mais adequada dos retornos do
próprio negócio.
Muitos
empreendedores descobrirão, na prática, as dificuldades de dimensionar os
retornos financeiros do negócio. Mas se estiverem atentos ao fator tempo,
aprenderão a controlar os gastos e a negociar com fornecedores os riscos do empreendimento.
E, a
cada decisão, incluirão além do que precisarão investir, o quanto esperam de
retorno, o ganho de cada operação e, especialmente, o prazo que esse eventual
lucro se materializará no caixa da empresa.
Ampliarão,
quem sabe, a chance de manter a empresa aberta por tempo suficiente para a
aprenderem a gerenciá-la com eficiência e recuperar todos os investimentos que
foram mobilizados para a empreitada.
Fonte: UOL Notícias
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