Metade dos produtos que
o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) monitora para calcular
o índice oficial de preços teve um reajuste acima do teto da meta de
inflação do país, que é de 6,5% ao ano.
De 373 bens e serviços
que fazem parte do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), 189 subiram
mais que 6,5% nos últimos 12 meses.
Entre os campeões de
reajustes destacam-se os alimentos. A tangerina lidera a lista, com alta de
93,5% nos últimos 12 meses. Em seguida, aparecem o chá (53,64%), a laranja-baía
(44,46%) e o peixe-dourado (39,73%).
Apesar de 51% dos
produtos terem extrapolado o teto da meta, o IPCA, indicador oficial de
inflação, ficou em 6,28% nos últimos 12 meses. Isso ocorreu porque os bens e
serviços que subiram menos ou que tiveram queda de preços têm peso maior no
orçamento médio estimado das famílias.
A inflação está abaixo
do centro da meta porque os preços que o governo consegue controlar diretamente
estão sofrendo reajustes menores– caso, por exemplo, de gás encanado (3,51%),
energia elétrica residencial (4,29%), ônibus urbano (1,1%), ônibus
intermunicipal (2,88%), multa (0%), pedágio (0,27%), gasolina (4,18%), produtos
farmacêuticos (3,9%) e correio (1,7%). O telefone fixo, cujo preço também é
controlado pelo setor público, teve queda de 4,59%.
Em média, os preços
administrados pelo governo subiram 3,77% nos últimos 12 meses, enquanto os
chamados preços livres avançaram 7%, de acordo com cálculos da Tendência
Consultoria Integrada.
Entre os produtos que
tiveram as maiores quedas nos últimos 12 meses estão o feijão-carioca
(-33,95%), a cebola (-33,53%) e o tomate (-14,23%) – este último que no
primeiro semestre do ano passado foi apontado como um dos “vilões” da inflação.
Fonte: UOL Notícias
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