Economistas de
instituições financeiras voltaram a piorar suas projeções para o crescimento
econômico e a inflação neste ano, mantendo o cenário para a política monetária
ao final de 2015.
A
pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a
estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 piorou pela oitava semana
seguida, a uma contração de 0,50 por cento, contra queda de 0,42 por cento no
levantamento anterior.
A
indústria é um grande peso sobre a atividade, mas a projeção de recuo na
produção passou a 0,35 por cento, ante contração de 0,43 por cento antes.
Sobre
2016, a projeção para o PIB continua sendo de expansão de 1,50 por cento.
Em
meio a riscos de racionamento de energia elétrica e de água, o Brasil não vem
conseguindo imprimir uma recuperação sustentada da atividade diante do cenário
confiança abalada e inflação alta.
Em
relação à alta do IPCA neste ano, a pesquisa apontou a oitava piora seguida da
projeção para 2015. Os economistas consultados agora projetam avanço de 7,33
por cento, contra 7,27 por cento anteriormente.
Os
preços administrados devem ser os grandes vilões da inflação neste ano, com
projeção no Focus de alta de 10,4 por cento, 0,4 ponto percentual a mais do que
na semana anterior.
Para
o final de 2016 a expectativa de avanço do IPCA permanece de 5,6 por cento, com
alta de 5,5 por cento dos preços administrados, projeção também inalterada.
Com
a inflação em níveis elevados, os especialistas mantiveram o cenário de que a
Selic encerrará 2015 a 12,75 por cento. Eles projetam alta de 0,5 ponto
percentual na taxa básica de juros, atualmente em 12,25 por cento, na reunião
de março do Comitê de Política Monetária (Copom).
Para
2016, a mediana das projeções continua apontando que a Selic encerrará a 11,50
por cento.
Já
o Top-5 de médio prazo, com os economistas que mais acertam as projeções,
mantém a expectativa de Selic a 13 por cento ao final deste ano, mas reduziu a
perspectiva para 2016 a 11,38, contra 11,50 na pesquisa anterior.
Fonte: REUTERS
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