O Brasil perdeu espaço no cenário competitivo
internacional, de acordo com o Índice de Competitividade Mundial 2013,
divulgado nesta quinta-feira pelo International Institute for Management
Development (IMD).
O país passou para a 51ª posição, cinco abaixo do
46º lugar ocupado no ranking do ano passado. O ranking tem 60 países.
"Estávamos esperando o Brasil numa posição bem
melhor", disse o diretor do IMD World Competitiveness Center, Stephane
Garelli. Na sua visão, o grande problema do país é "muito consumo e pouca
produção".
Já de acordo com o professor Carlos Arruda, da
Fundação Dom Cabral, que coordena o levantamento no Brasil, um dos únicos
pontos em que o país ganhou competitividade foi a atração de investimentos.
No entanto, segundo ele, o principal problema é
transformar este aporte em produtos e serviços de maior valor agregado. Além
disso, problemas em educação e infraestrutura e a necessidade de reformas como
a tributária também prejudicam a competitividade do Brasil.
A pesquisa avalia as condições de competitividade
de 60 países a partir da análise de dados estatísticos nacionais e
internacionais e pesquisa de opinião realizada com executivos.
"O Brasil precisa ter um senso de direção e um
bom plano de investimento e persegui-lo", adicionou Garelli.
Brics têm
resultados distintos
Além do Brasil, Índia e África do Sul também caíram
no ranking, enquanto China e Rússia subiram. Para o IMD, as economias
emergentes em geral ainda estão altamente dependentes da recuperação global,
que parece estar atrasada.
Segundo a pesquisa, os Estados Unidos permaneceram
no primeiro lugar em 2013, graças a uma melhora do setor financeiro, uma
abundância de inovação tecnológica e companhias de sucesso.
China e Japão também estão melhorando sua
competitividade, segundo o levamentamento.
Na Europa, Suíça, Suécia e Alemanha são
consideradas as nações mais competitivas, cujo sucesso se baseia na manufatura
orientada para exportação, economias diversificadas, pequenas e médias empresas
fortes e disciplina fiscal.
"Como no ano passado, o resto da Europa está
pesadamente constrangida por programas de austeridade que estão atrasando a
recuperação e colocando em causa a oportunidade das medidas propostas",
disse o IMD.
Fonte: UOL Notícias
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