O governo deve rever para baixo a previsão de crescimento da economia no ano, após o fraco resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no 1º trimestre, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quarta-feira (29).
A previsão de crescimento da economia já havia sido reduzida em abril, de 4,5% para 3,5%. As estimativas estão no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
"Nós estávamos com uma previsão de crescimento. Iremos rever esse número quando fizermos esse [novo] relatório e, certamente, será para baixo", afirmou Mantega, ao comentar os resultados da economia do país no 1º trimestre.
A economia brasileira cresceu 0,6% no período, abaixo do crescimento esperado pelo mercado (0,9%).
Apesar de ter evitado fazer previsões nos últimos meses, o ministro se mostrou otimista com a economia do país no 2º trimestre do ano. "Não podemos esquecer que já estamos no meio do segundo trimestre. Os dados são muito bons", declarou.
Governo
não deve anunciar novas medidas de estímulo
O governo não deve anunciar novas medidas de
estímulo para a economia do país, disse Mantega. "O governo não pretende
implementar novas medidas de estímulo. Nós não pretendemos fazer estímulos ao
consumo. O consumo tem que se recuperar a partir dos estímulos ao
desenvolvimento".
Desde o ano passado, o governo tem adotado isenções
fiscais e outras medidas para tentar estimular a economia brasileira em meio à
crise global. A indústria, principal setor beneficiado pelo governo, registrou
queda de 0,3% no 1º trimestre.
Crescimento do
PIB foi puxado pelos investimentos
O crescimento no 1º trimestre foi puxado pelos
investimentos, com melhora de qualidade mesmo diante de um cenário internacional
adverso, afirmou Mantega.
Segundo ele, os estímulos feitos pelo governo estão
surtindo efeito, e as concessões ainda vão elevar os investimentos no país. O
ministro destacou ainda que a economia está num ritmo de crescimento anualizado
de 2,2%.
Mantega também destacou que o câmbio não é uma
preocupação para o governo, e que a desvalorização do real aumenta a
competitividade no país, favorecendo as exportações. Ele afirmou ainda que o
movimento cambial é internacional.
Fonte: UOL Notícia
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