Livrar-se das dívidas e
começar 2014 no azul, com controle sobre suas finanças é projeto perfeitamente
realizável, desde que o consumidor siga alguns passos simples, com disciplina e
organização.
O economista Flávio
Calife, da Boa Vista Serviços, empresa que administra o Serviço Central de
Proteção ao Crédito (SCPC), dá algumas dicas de como fazer de 2014 um ano para
ter o controle das finanças.
1) Descubra se está com o nome
sujo – Por incrível que pareça, muita gente só
vai descobrir que está com o nome sujo quando precisa de crédito. O
esquecimento de uma parcela, um cheque sem fundo ou uma conta sem pagar têm
potencial para sujar o nome.
Para descobrir se isso
ocorreu, é preciso fazer uma pesquisa nos serviços de proteção ao crédito e
cartórios de protestos. Há diferentes listas, como SCPC e Serasa.
No site Consumidor Positivo do SCPC (Boa Vista), é possível se cadastrar
e descobrir a situação do CPF sem sair de casa.
A
Serasa tem um serviço pago pela
internet. Se for pessoalmente, é de graça (veja endereços).
O
SPC Brasil só atende em postos físicos (confira os locais).
2) Se estiver com o nome sujo,
procure o credor – Na própria pesquisa,
irá descobrir para quem está devendo. Algumas lojas e bancos já permitem
negociação virtual e oferecem alternativas para pagar essa dívida durante a
própria consulta. Se não for o caso, o devedor deve procurar o credor para
negociar o pagamento e limpar o nome.
3) Evite intermediários – Calife diz que utilizar-se de empresas que renegociam dívidas
aumenta o custo para o devedor. Para ele, é melhor que o próprio devedor faça
as suas contas e negocie diretamente.
4) Nunca empreste o nome – O empréstimo do nome
(fazer um crediário em seu nome para um parente ou amigo) é, depois do
desemprego e do descontrole financeiro, a terceira causa de negativação do
nome. Quem está com o nome sujo é que vai ter de correr atrás para quitar a
dívida, pois o credor vai cobrar do titular da débito.
5) Pague o que realmente puder
pagar – Um dos maiores erros de quem renegocia
dívidas é fechar o acordo em bases irreais, diz Calife. Segundo o economista,
mais de 50% dos consumidores que renegociam suas dívidas voltam para o cadastro
de inadimplentes em até 12 meses. "Isso acontece porque as pessoas não
planejam dentro do seu orçamento, na medida das suas possibilidades e fecham
qualquer acordo só para tirar o nome do cadastro."
6) Saiba quanto ganha e quanto
gasta – Segundo Calife, a maioria das pessoas não
tem ideia de quanto gasta, e muitas vezes, nem de quanto ganha. Os custos fixos
como alimentação, impostos e despesas de casa, costumam consumir cerca de 70%
da renda, em média. Daí sobram apenas 30% para consumir e fazer uma poupança.
Depois de colocar tudo no papel, é possível cortar as despesas supérfluas e
fazer um planejamento para pagar as dívidas. Feito o planejamento, é preciso
executá-lo.
7) Reorganize a vida – Se as despesas são muito maiores do que a renda, é preciso
reorganizar a vida. Obter outro emprego, uma renda extra, cortar gastos
inúteis, diminuir despesas. Toda a família deve ajudar. O fim do ano é uma
época propícia para obter uma renda extra com o aumento dos empregos
temporários.
8) Fuja das dívidas caras – Um deslize, um
esquecimento, uma despesa extra, podem fazer você entrar no cheque especial ou
não pagar a fatura do cartão de crédito. Mas isso não pode ser regra. Os juros
dessas modalidades de crédito são muito altos e podem fazer a dívida se tornar
impagável. Ao perceber que está perdendo o controle, é melhor trocar a dívida
por outra cujos juros são menores, como crédito consignado ou crédito pessoal.
Isso deve ser feito antes de estar com o nome sujo, pois depois tudo fica mais
difícil.
9) Crie uma poupança para
emergências – Calife diz que à
medida que a família vai evoluindo no planejamento financeiro, ela deve
planejar uma poupança que não deve ser usada no dia a dia, mas sim como uma reserva
de emergência para o futuro. O ideal é ter dinheiro para seis meses de
despesas.
10) Planeje o futuro – Separar ao menos 10% da renda mensalmente para planejar o
futuro é receita para uma vida mais tranquila. Ter investimentos para realizar
sonhos como viagem, casa própria, troca de carro e aposentadoria deve estar na
meta para um bom futuro financeiro.
Fonte: UOL Notícias
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