Num cenário de menor confiança de empresários e dúvidas quanto a
uma retomada da economia em 2014, os investimentos caíram 2,2% do segundo para
o terceiro trimestre e foram os principais responsáveis pela retração de 0,5% do PIB no período.
Trata-se do pior resultado para
o grupo desde o primeiro trimestre de 2012.
Nem o câmbio mais favorável à
importação de máquinas e equipamentos nem o crédito mais farto à compra de imóveis
ajudaram a melhorar o desempenho. Tampouco os juros subsidiados do BNDES, com
taxas abaixo da inflação para a compra de máquinas nacionais, foram capazes de
manter os investimentos na trajetória de retomada que registravam até o segundo
trimestre.
Formado especialmente pela
fabricação e importação de máquinas e equipamentos destinados à produção de
outros bens, ao transporte, à construção, à agropecuária e outros ramos, além
do setor de construção civil, a categoria que mede os investimentos no PIB (a
chamada Formação Bruta de Capital Fixo), porém, manteve a tendência de
crescimento na comparação com 2012 --ano em que registrou queda.
A alta foi de 7,3% em relação
ao terceiro trimestre de 2012. O resultado, porém, ficou abaixo do 9,1% do
segundo trimestre. "Houve uma desaceleração, mas os investimentos ainda
mostraram uma taxa expressiva de crescimento", diz Rebeca Palis, gerente
de Contas Nacionais do IBGE.
Segundo ela, a produção e
importação de máquinas perderam fôlego, mas o determinante foi a desaceleração
da construção civil. O setor teve crescimento de 2,4% frente ao terceiro
trimestre de 2012.
No acumulado do ano até
setembro, os investimentos registram expansão de 6,5%, acima da variação do PIB
--2,4%. "O cenário é melhor do que o de 2012 e os investimentos estão
puxando o PIB para cima."
Fonte: Folha.com
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