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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Saiba identificar se vale a pena para pequena empresa ter dados na 'nuvem'



Há alguns anos a palavra "nuvem", no seu significado tecnológico, tem passado a fazer parte do vocabulário de grandes empresas. Com a chegada de grandes companhias de tecnologia no setor e o aumento da oferta de serviços, ela começa a entrar também para o dicionário de pequenos e médios negócios.
Quem faz uso da computação em nuvem (cloud computing, em inglês) utiliza a memória e a capacidade de armazenamento de computadores e servidores de empresas especializadas.
Esses dados são compartilhados e interligados por meio da internet e podem ser acessados em qualquer lugar do mundo.
Antes de decidir se deve adotar esse modelo, o pequeno empresário precisa avaliar se o perfil de seu negócio e o estágio atual de sua empresa apontam para essa escolha, porque há vantagens e desvantagens.
Um dos pontos positivos de se armazenar dados na nuvem é deixar de investir em softwares e mão de obra especializada. O que, para uma empresa de pequeno ou médio porte, pode representar uma economia importante de recursos, segundo especialistas.
O valor economizado depende do tamanho da empresa. "É difícil estimar de quanto é essa economia porque isso depende da empresa e do tipo de uso que ela vai fazer da nuvem", diz Alexandre Campos, diretor da consultoria IDC.
Segundo Celso Poderoso, professor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista), a empresa também precisa avaliar o quanto gasta atualmente com armazenamento e administração de dados antes de decidir se a transferência para a nuvem é necessária.
"A análise deve englobar o custo do software, quanto ele desembolsa para manter pessoas especializadas em cuidar do banco de dados, além da atualização dos programas e dos servidores."
Um dos aspectos negativos da nuvem é a instabilidade da internet. Se a rede cair, a empresa fica sem acesso aos dados. Além disso, se a empresa já tiver investido em um data center interno, a nuvem pode acabar significando um desperdício do investimento.

Administração de e-mails corporativos

Dados da consultoria IDC mostram que, em janeiro de 2010, 3% dos diretores de tecnologia das empresas brasileiras, incluindo grandes, pequenas e médias, tinham a intenção de contratar um serviço de nuvem. Hoje, esse índice já é de 50%.
De acordo com especialistas, a nuvem é uma opção interessante, por exemplo, para a administração de e-mails corporativos e a criação de lojas virtuais.
Empresas do ramo imobiliário, que fazem hotsites para lançar empreendimentos e pedem que os clientes preencham formulários virtuais, também costumam lançar mão dessa estratégia.
Para quem precisa atualizar constantemente planilhas de custos, manter os dados na nuvem é mais simples do que enviá-los para cada cliente ou representante, por exemplo.
"O serviço mais comum usado pelas PMEs é o e-mail. Não porque o software do serviço de e-mail seja muito caro, mas porque, com a nuvem, a empresa deixa de se preocupar em manter infraestrutura e pessoal especializado para lidar com o serviço", diz o professor da Fiap.
Pequenas agências de publicidade que criam campanhas em redes sociais, por exemplo, também lançam mão da nuvem para administrar essas ações. Como essas campanhas têm prazo para acabar, geralmente não compensa investir em programas ou equipamentos que serão usados por um período curto de tempo.
Fonte: UOL Notícias

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