Há alguns anos a palavra
"nuvem", no seu significado tecnológico, tem passado a fazer parte do
vocabulário de grandes empresas. Com a chegada de grandes companhias de
tecnologia no setor e o aumento da oferta de serviços, ela começa a entrar
também para o dicionário de pequenos e médios negócios.
Quem faz uso da
computação em nuvem (cloud computing, em inglês) utiliza a memória e a
capacidade de armazenamento de computadores e servidores de empresas
especializadas.
Esses dados são
compartilhados e interligados por meio da internet e podem ser acessados em
qualquer lugar do mundo.
Antes de decidir se deve
adotar esse modelo, o pequeno empresário precisa avaliar se o perfil de seu
negócio e o estágio atual de sua empresa apontam para essa escolha, porque há
vantagens e desvantagens.
Um dos pontos positivos
de se armazenar dados na nuvem é deixar de investir em softwares e mão de obra
especializada. O que, para uma empresa de pequeno ou médio porte, pode
representar uma economia importante de recursos, segundo especialistas.
O valor economizado
depende do tamanho da empresa. "É difícil estimar de quanto é essa
economia porque isso depende da empresa e do tipo de uso que ela vai fazer da
nuvem", diz Alexandre Campos, diretor da consultoria IDC.
Segundo Celso Poderoso,
professor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista), a
empresa também precisa avaliar o quanto gasta atualmente com armazenamento e
administração de dados antes de decidir se a transferência para a nuvem é
necessária.
"A análise deve
englobar o custo do software, quanto ele desembolsa para manter pessoas
especializadas em cuidar do banco de dados, além da atualização dos programas e
dos servidores."
Um dos aspectos
negativos da nuvem é a instabilidade da internet. Se a rede cair, a empresa
fica sem acesso aos dados. Além disso, se a empresa já tiver investido em um
data center interno, a nuvem pode acabar significando um desperdício do
investimento.
Administração
de e-mails corporativos
Dados da consultoria IDC
mostram que, em janeiro de 2010, 3% dos diretores de tecnologia das empresas
brasileiras, incluindo grandes, pequenas e médias, tinham a intenção de
contratar um serviço de nuvem. Hoje, esse índice já é de 50%.
De acordo com
especialistas, a nuvem é uma opção interessante, por exemplo, para a
administração de e-mails corporativos e a criação de lojas virtuais.
Empresas do ramo
imobiliário, que fazem hotsites para lançar empreendimentos e pedem que os
clientes preencham formulários virtuais, também costumam lançar mão dessa
estratégia.
Para quem precisa
atualizar constantemente planilhas de custos, manter os dados na nuvem é mais
simples do que enviá-los para cada cliente ou representante, por exemplo.
"O serviço mais
comum usado pelas PMEs é o e-mail. Não porque o software do serviço de e-mail
seja muito caro, mas porque, com a nuvem, a empresa deixa de se preocupar em
manter infraestrutura e pessoal especializado para lidar com o serviço", diz
o professor da Fiap.
Pequenas agências de
publicidade que criam campanhas em redes sociais, por exemplo, também lançam
mão da nuvem para administrar essas ações. Como essas campanhas têm prazo para
acabar, geralmente não compensa investir em programas ou equipamentos que serão
usados por um período curto de tempo.
Fonte: UOL Notícias
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