A Entidade...

Minha foto
A CDL tem por finalidade promover a aproximação dos associados, de modo a estimular o companheirismo e a ética profissional, amparar, defender e orientar os interesses dos associados.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Cai total de indústrias que fazem inovações tecnológicas no Brasil



Em meio a um cenário econômico conturbado e com a concorrência de produtos importados, pouco mais de um terço das empresas brasileiras (35,7%) realizaram inovações tecnológicas entre 2009 e 2011. Na indústria, que engloba 91% das firmas analisadas, o percentual caiu de 38,1%, em 2008, para 35,6%.
Os dados fazem parte da Pintec (Pesquisa de Inovação Tecnológica), divulgada nesta quinta-feira (5) pelo IBGE. Pelo critério do estudo, é inovação qualquer produto ou processo produtivo novo para a empresa ou substancialmente aprimorado, mesmo que seja uma cópia de algo que já exista no mercado.
Apenas o dado referente à indústria é comparável com anos anteriores. Isso porque a pesquisa passou a incluir setores de eletricidade e gás, serviços de arquitetura e engenharia, testes e análises técnicas. No caso da indústria, não houve alterações.
"O triênio ocorreu na esteira da crise econômica mundial, que começou no último trimestre de 2008 e afetou as expectativas", afirma Alessandro Pinheiro, gerente da pesquisa.
O ano de 2009 foi marcado pelo resultado negativo do PIB (Produto Interno Bruto). Com a turbulência global, a economia brasileira teve retração de 0,3%.
Em 2010, houve sinais de recuperação, com o PIB apresentando alta de 7,5%.
Já no ano seguinte, embora a economia brasileira tenha crescido 2,7%, foi registrado, diz o IBGE, "um período de relativa acomodação econômica".
Segundo Pinheiro, diante desse cenário, as firmas tendem a adotar um comportamento defensivo, como forma de evitar o risco.
"Isso prejudica principalmente a inovação de produto. Elas acabam concentrando as inovações nos processos, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a produtividade, mas postergam os planos de implementação de novos produtos", afirma o gerente do IBGE.
A taxa de investimento (total investido na economia, em valores, como proporção do PIB) apresentou estabilidade nos últimos anos. Na indústria de transformação, por exemplo, ficou em torno de 18% entre 2008 e 2011.
Além da crise internacional, outro fenômeno teve impacto entre 2009 e 2011: a apreciação cambial, que influenciou no aumento das importações. Em 2011, a taxa média de câmbio comercial para venda de dólar era de R$ 1,675. Em 2006, estava em R$ 2,176. Ontem, o dólar comercial para venda fechou cotado a R$ 2,389.
"A valorização da moeda nacional induz ao aumento das importações e prejudica as empresas exportadoras. Há ainda o 'efeito China', várias empresas reclamaram da concorrência com os produtos do país, especialmente em setores como o têxtil, siderurgia e papel", afirma.
Por outro lado, a apreciação cambial pode motivar as empresas a comprarem no exterior novas máquinas e equipamentos.
O investimento total das empresas em atividades inovadoras alcançou R$ 64,9 bilhões em 2011 --2,56% da receita líquida de vendas das empresas.

Fonte: Folha.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário