Todos nós reconhecemos
as dificuldades em garimpar uma ideia criativa "matadora". Ou seja,
uma ideia que a exemplo dos designers e funcionabilidades da Apple garantem à
empresa uma das maiores valorizações do planeta.
O mesmo podemos dizer a
respeito da Microsoft, do Habib"s, da Cacau Show e da Chilli Beans.
Agora, mais difícil do
que identificar uma ideia criativa, que exige o mergulho profundo nas
necessidades ainda não conscientizadas dos consumidores, o mais difícil mesmo é
conseguir vender a ideia para consumidores, parceiros, aliados e investidores.
Porque a ideia inovadora
é estranha a vários vocabulários. Fixados que estão em uma linguagem passada,
com suas respectivas métricas e discursos carcomidos pelo tempo mas capazes de
ainda oferecer uma sequência lógica para potenciais aliados.
A primeira barreira que
um empreendedor inovador terá que superar vem da pergunta corrosiva:
"quais são as empresas que já adotam sua proposta?". Até o
empreendedor inovador conseguir se explicar, já perdeu a atenção e o interesse
do futuro investidor.
Gerando uma sangria na
apresentação da proposta que por sua vez requer mais e mais fé na defesa de sua
inovação até romper o cerco e conseguir, quem sabe, que o projeto crie raízes e
tenha condições de vingar.
Por outro lado, os
empreendedores criativos também são vítimas de grandes deficiências em traduzir
suas propostas para um mercado ainda imune à sua linguagem.
Acreditam com tanta
ênfase na própria inovação que atropelam discursos. Falam tudo de uma vez só.
Ansiosos por acertar e convencer a qualquer custo. A tendência é fracassarem no
esforço.
Levando muitos
inovadores a desistirem de suas ideias para as encontrarem cinco ou dez anos
depois germinando aqui e ali. Uma pena.
Apresentar uma ideia
criativa exige altas doses de compreensão das necessidades do mercado. E
capacidade de simular a ideia em protótipos, exemplos e argumentação
balanceada.
É conveniente que o
empresário inovador se associe com alguém capaz de traduzir e apresentar sua
sugestões em sementes. E ajustá-las ao ambiente que as ajudem a sobreviver aos
pouquinhos até a germinação.
Que deve ser seguida,
ainda, de muitas explicações, demonstrações e traduções. Uma boa ideia apenas
não garante o sucesso de um empreendimento. Caso ela não seja adequadamente traduzida
e compreendida por aqueles e aquelas que sustentaram com seus corações e
bolsos.
Muita
calma nessa hora
Por isso, é adequado
resgatar o imaginário que faz parte da vida dos agricultores.
Preparar o terreno
–antes de "plantar" sua ideia, investigue se a ideia entrará em
ressonância com as necessidades de um público amplo, com capacidade de enfiar a
mão no bolso para apoiá-la.
Tente vincular sua
ideia, serviço ou produto com as emoções e necessidades profundas dos
potenciais clientes.
Adubar o terreno –
Excite seus potenciais consumidores, aliados e investidores com simulações
controladas de sua ideia. O que pode ser realizado de maneira simbólica, por
meio de trocas de ideias ou de protótipos dos produtos, caso o empreendedor
tenha condições para tal.
Plantar a ideia – Na
sequência plante a ideia como fez a Apple desde os seus primeiros produtos, por
exemplo.
Cuidar da ideia – Agora
é a hora mais difícil, que é proteger a ideia legalmente e comercialmente,
agregando inovações continuadas e mobilizando os consumidores, por meio de uma
pregação que beire o fanatismo.
Pois são esses
consumidores que definirão o destino de toda e qualquer ideia
"matadora". Pois estarão dispostos a atropelar parâmetros
convencionais e desprezar os discursos envelhecidos dos que até então deram as
cartas no mercado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário