As taxas médias de juros ao consumidor ficaram estáveis em
novembro na comparação com o mês anterior, depois de registrarem seis altas
seguidas no ano, informou nesta quarta-feira (11) a Anefac (associação dos
executivos de finanças). Os patamares seguem sendo os maiores desde novembro de
2012.
De acordo com o estudo, os
juros médios para pessoa física apresentaram alta de 0,01 ponto percentual no
mês, passando de 5,56% ao mês (ou 91,42% ao ano) em outubro para 5,57% ao mês
(ou 91,64% ao ano) em novembro.
Segundo Miguel José Ribeiro de
Oliveira, diretor da entidade, a alta da taxa básica de juros (Selic) de 9,5%
para 10% ao ano na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em
27 de novembro, ainda não foi repassada para as operações de crédito, o que
levou à estabilidade dos juros ao consumidor no mês passado.
Mas a tendência é que os juros
continuem subindo nos próximos meses, afirma. Isso porque os últimos
indicadores ainda apontam pressões inflacionárias no Brasil. Além disso, o IPCA
(índice oficial de inflação) está acima do centro da meta do Banco Central.
Para o diretor da Anefac, esses fatores indicam que o BC elevará a Selic na
próxima reunião do Copom, em janeiro.
De acordo com o estudo
divulgado nesta quarta-feira pela associação, das seis linhas de crédito
pesquisadas, três registraram alta: juros do comércio e empréstimo pessoal
concedido por bancos e financeiras.
As outras três --rotativo do
cartão de crédito, cheque especial e financiamento de veículos-- se mantiveram
estáveis.
Os juros médios para empresas ficaram estáveis em 3,18%, os
maiores desde novembro de 2012.
A taxa média no capital de giro
se manteve estável em 1,61%.
Os juros de desconto de
duplicatas tiveram alta de 2,30% a 2,31%, e os de conta garantida caíram de
5,73% para 5,71%.
Fonte: Folha.com
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