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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Preço do voo nacional cai 42% em 10 anos



 
O preço da passagem aérea para voos nacionais caiu 41,69% nos últimos dez anos, de acordo com a 26º edição do Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas, divulgado ontem pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Entre janeiro e setembro de 2012, a tarifa média registrada foi de R$ 273,32, enquanto em 2002 o preço foi de R$ 468,71 no mesmo período. Já o custo contabilizado no ano passado foi apenas 0,15% menor na comparação com o ano anterior. (veja arte ao lado).
Nos primeiros nove meses de 2012, quase 70% dos assentos comercializados foram vendidos por menos de R$ 300, há dez anos, por outro lado, a fatia era de 30,45%.
Segundo o professor de Administração da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) Adriano Gomes, a queda está relacionadá principalmente à entrada de novas bandeiras no mercado brasileiro de aviação. "Há dez anos, a Gol entrou no mercado com a proposta de custos baixos para os clientes, o apelo começou a afetar os preços."
Desde então outras empresas ingressaram no setor, como é o caso da Azul e Avianca. Diante da concorrência, derrubar as tarifas foi algo necessário para captar consumidores, principalmente diante da ascensão dos sites de busca de passagens aéreas que trazem as tarifas cobradas por todas as companhias em apenas um clique.
Por outro lado, o especialista acrescenta que para não reajustar os valores dos bilhetes aéreos, as empresas precisam enxugar custos de outras áreas para manter sua receita. "Tem que ganhar no volume de passageiros, ou seja, o avião tem de estar o máximo possível em movimento", explica.
O professor de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana acrescenta que a economia que as empresas precisam fazer para continuar represando os preços pagos pelo consumidor começa a atingir com mais intensidade os serviços prestados aos clientes, como cortar mimos durante a viagem, como lanches. "E o consumidor precisa pagar, caso queira comer", comenta.
Entretanto, o especialista da ESPM acrescenta que é difícil para as companhias do setor manter o ritmo de crescimento diante do alto preço dos combustíveis, da manutenção das aeronaves e o custo de operação. "Não há tanta margem de redução de custo, não tem como deixar de fazer a manutenção, por exemplo. Por outro lado, se o mercado resolvesse calibrar os preços haveria queda de volume dos passageiros na ordem de 30% pelo menos", explica Gomes.
Entretanto, ontem, o presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, disse que não deve ter alteração no custo das tarifas neste ano, apesar dos prejuízos. "Não é um setor que está estabilizado no sentido de produzir bem e, ao mesmo tempo, ser rentável", diz Dana.
Fonte: G1

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