Fatia substancial do empresariado brasileiro não compartilha o catastrofismo que, nos últimos meses, acompanha as análises sobre as perspectivas da economia no país. Ao contrário: 44% deles estão muito confiantes no crescimento das receitas de suas companhias, porcentagem de otimistas que só fica atrás da dos executivos russos (66% de otimistas), indianos (63%) e mexicanos (62%).
As perspectivas risonhas para os brasileiros superam o otimismo dos seus companheiros nas duas maiores economias do mundo -China, com 40% de executivos animados, e EUA, com apenas 30%- e também os da maior economia da Europa, a Alemanha, com expectativas positivas de 31%.
Esses números todos surgem da 16ª pesquisa anual feita pela consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers), que entrevistou 1.330 CEOs (a sigla em inglês para executivos-chefes) em 68 países, no último trimestre do ano passado -o período em que começaram a surgir as dúvidas, críticas e desconfianças a respeito da economia brasileira.
Um segundo item da pesquisa também desmente o pessimismo: o Brasil aparece em terceiro lugar, atrás apenas dos gigantes China e Estados Unidos, quando executivos dos 68 países foram consultados sobre qual o país que lhes parece o mais importante para o crescimento futuro de suas companhias.
Apontaram o Brasil 15%, contra 10% que cravaram a Índia, cujo crescimento nos últimos anos tem sido significativamente maior.
Os resultados da pesquisa foram apresentados ontem, véspera da inauguração do encontro anual 2013 do Fórum Econômico Mundial. Como a divulgação do levantamento tornou-se tradicional antes da abertura do grande convescote de empresários, líderes políticos, acadêmicos e da sociedade civil, ele acaba sendo um termômetro do estado de ânimo da clientela principal do fórum, os CEOs.
Se é assim, dá para dizer que os executivos estão menos confiantes no crescimento no curto prazo do que no ano passado. Só 36% deles se disseram "muito confiantes", quatro pontos menos do que em 2012, mas acima do otimismo de 2010 (31%) e 2009 (21%). Resultado previsível, na medida em que 2009 e 2010 foram os anos em que a crise bateu mais forte.
Fonte: Folha.com
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