As
principais empresas de varejo do Brasil devem manter planos de expansão para
2013 como forma de driblar a desaceleração no ritmo de crescimento das vendas.
Segundo
analistas, este ano ainda será propício para a expansão das companhias.
"Deve
haver um crescimento orgânico forte ainda", diz Júlia Monteiro, da CGD
(Caixa Geral de Depósitos).
"Os
empresários estão moderadamente otimistas com 2013, mantendo até agora o plano
de abertura de lojas", diz Maria Cristina Costa, da Lopes Filho
Consultoria.
Entre as
maiores varejistas de capital aberto, o desempenho das vendas em lojas que
operam há pelo menos um ano teve crescimento de um dígito em 2012, inferior ao
registrado em anos anteriores.
A
maturidade de novos pontos de venda costuma levar de 3 a 5 anos e representa
uma melhoria de margens para as companhias, além de diluição de despesas -como
as de logística- e melhor negociação com fornecedores.
O Grupo
Pão de Açúcar apresentou crescimento de vendas comparáveis (nas mesmas lojas)
de 7% em 2012, nível inferior ao de 2011, quando houve alta de 8,8%.
A Cia
Hering teve variação negativa de 0,2% no quarto trimestre de 2012, motivando
queda de suas ações na Bolsa. "As companhias [de varejo] precisam crescer
ou terão sua rentabilidade comprimida", diz um analista, que preferiu não
se identificar.
A
atividade varejista no Brasil encerrou 2012 com alta de 6,4%, o menor ritmo de
expansão dos últimos três anos, diz a Serasa Experian.
Para
2013, o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), que representa as
empresas do setor, prevê alta de apenas 5% nas vendas comparáveis. Em
contrapartida, o IDV estima que 720 novas lojas devam ser abertas neste ano,
alta de 14% em área de vendas sobre 2012.
Fonte: Folha.com
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