O Copom
(Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne hoje pelo segundo dia
para definir a nova taxa básica de juros (Selic).
A
maioria dos economistas consultados pelo BC espera um aumento de 0,5 ponto
porcentual, dos atuais 11,25% para 11,75% ao ano, segundo o Boletim Focuspublicado na segunda-feira
(1º).
Na
última reunião, no final de outubro, dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o BC
surpreendeu o mercado e subiu os juros de 11% para 11,25% ao ano. Diante
de sinais de que a inflação ainda continua elevada, muitos especialistas
passaram a ver que o BC vai acelerar o passo agora.
Em abril, o BC tinha elevado os juros de 10,75% para 11%, valor
que foi mantido em maio, julho e setembro.
A Selic
é uma taxa de referência para o mercado e remunera investimentos com títulos
públicos, por exemplo. Não representa os juros cobrados dos consumidores, que
são muito mais altos. A taxa média de juros cobrada das pessoas na vida real em
outubro chegou a 103,05% ao ano, segundo a Anefac,
associação de executivos de finanças.
Entenda como os juros são usados para controlar a inflação
Uma economia aquecida em geral é bom para todos: há mais vendas
para os empresários e mais empregos para os trabalhadores.
No entanto, se há muita procura de produtos, eles podem ficar
escassos e passarem a custar mais caro, causando inflação.
O Brasil possui um sistema de metas para inflação que foi
instituído em junho de 1999 pelo Banco Central (BC). O indicador considerado é
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da
política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.
Assim, caso o BC observe que a inflação corre o risco de superar
a meta, a tendência é elevar os juros.
A taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo, pois
ela determina o nível de consumo do país, já que a taxa Selic é utilizada nas
transações bancárias e, portanto, influencia os juros de todas as operações na
economia.
A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir
dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às
pessoas e às empresas.
Caso os juros do país estejam altos, o consumidor tende a
comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso
reflete na queda da inflação.
Segundo a lei da oferta e da procura, quanto maior a demanda por
um determinado produto, mais elevado é o seu preço.
Do contrário, se uma mercadoria ou serviço não forem tão
procurados, o preço tende a cair para atrair mais compradores.
Fonte: UOL Economia
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