Empreender,
geralmente, é considerado como um sinônimo de ação típica de pequenas empresas,
mas a cada dia fica mais claro que o grande desafio das grandes corporações é
voltar a praticar o empreendedorismo de suas origens ou, senão, morrerão.
Isso porque o ato de empreender é o que leva as empresas a
inovar. Não basta ter grandes ideias, se os executores das mesmas não forem
empreendedores. O empreendedor interno é o agente de mudança e que deve estar
na linha de frente das grandes empresas.
Para os que ainda duvidam desta necessidade, basta analisar os
resultados de um estudo realizado por Richard Foster, da consultoria Innosight.
Ao analisar a média de vida das 500 maiores empresas na lista da
Standard and Poor"s (S&P 500), constata-se que a mesma caiu
drasticamente nos últimos 70 anos.
Segundo Dominic Barton, da consultoria McKinsey & Company, a
média de vida dessas empresas era algo em torno de 90 anos nos anos 1930 e
agora está em torno de 18 anos.
Para complementar, cerca de 75% das empresas listadas atualmente
na S&P 500 deixarão a prestigiosa lista em 2027. Trata-se de uma taxa de
renovação extremamente alta.
Isso mostra que os desafios de hoje são muito diferentes do que
ocorria no passado recente, quando as grandes empresas focavam em executar bem
o que conheciam e dominavam. Os mercados eram mais previsíveis, e a velocidade
de crescimento, mais controlada.
Atualmente, a necessidade de inovar decorre da necessidade de
entrar em mercados ainda desconhecidos e para os quais não há regras ou modelos
de negócio comprovadamente eficazes.
Entrar no desconhecido demanda assumir riscos. O desafio dos
gigantes hoje é atuar com o mesmo espírito empreendedor de suas origens,
renovando o ciclo de crescimento. Para isso, não basta destinar recursos para
inovação.
Mais importante que dinheiro e processos que estimulem a
inovação é fomentar o empreendedorismo nas pessoas, estimulando aqueles com
espírito empreendedor para colocar em prática suas ideias e vontade de crescer.
Muitos funcionários não se encaixam neste grupo, mas, para
aqueles que querem empreender no mundo corporativo, o momento é dos mais
propícios, pois cada vez fica mais claro para empresas de todos os setores que
sua perenidade depende de pessoas empreendedoras.
Se você sonha com o empreendedorismo do próprio negócio e hoje
trabalha em uma média ou grande empresa, talvez valha a pena colocar em prática
seu ímpeto empreendedor no seu local de trabalho antes de pedir a conta e
montar a sua própria empresa.
Essa estratégia pode ser muito adequada para você, sua empresa
atual, e para o seu eventual próprio negócio no futuro.
Fonte:
UOL Notícias
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