O
desemprego no Brasil subiu a 4,8 por cento em novembro, acima do esperado
devido à maior procura por vagas, porém com a renda média do trabalhador
crescendo sobre o mês anterior.
A taxa de novembro segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME)
divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) ficou 0,1 ponto percentual acima da vista em outubro, e
interrompeu série de quedas na taxa para o mês que vinha desde 2007.
O resultado superou a mediana das expectativas em pesquisa da
Reuters de 4,4 por cento, mas ficou abaixo da taxa mais alta do ano, de 5,1 por
cento vista em fevereiro.
Em novembro, a população desocupada, que são as pessoas sem
trabalhar mas à procura de uma oportunidade, avançou 4,4 por cento na
comparação mensal, atingindo 1,192 milhão de pessoas. Já a população ocupada
cresceu 0,5 por cento sobre outubro, chegando a 23,383 milhões de pessoas.
O IBGE também informou que a renda média real subiu 0,7 por
cento em novembro sobre outubro e avançou 2,7 por cento sobre um ano antes, a
2.148,50 reais.
Embora a taxa de desemprego permaneça em níveis historicamente
baixos, o cenário econômico brasileiro fraco somado à inflação elevada e à alta
dos juros tem provocado perda de ímpeto do mercado de trabalho.
O Brasil teve em novembro a pior abertura de vagas formais de
trabalho para o mês, apenas 8.381 postos, de acordo com números do Ministério
do Trabalho, com elevadas demissões na construção civil, indústria e
agricultura e menor oferta de vagas no setor serviços.
Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, cujo objetivo é que substitua a PME, a taxa de desemprego
ficou estável em 6,8 por cento no terceiro trimestre, com queda no emprego com
carteira assinada no setor privado.
Para o próximo ano, a tendência é que o Brasil experimente uma
reversão da queda do desemprego e da tendência de ganhos reais de salários, a
não ser que haja uma mudança nas expectativas dos empresários.
Fonte: UOL Notícias
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