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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Confiança do comércio cai menos e FGV prevê melhora





A confiança do setor de comércio voltou a recuar no trimestre encerrado em janeiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), mas num ritmo menor, o que para a entidade sugere uma "evolução favorável" nas perspectivas para o setor.

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 5,8 por cento no trimestre findo em janeiro contra o mesmo período do ano anterior, informou a FGV nesta terça-feira, alcançando 126,1 pontos.

Para a FGV, no entanto, o desempenho no período apresentou uma "evolução favorável", já que nos três meses findos em dezembro o indicador apontou queda de 6,8 por cento sobre um ano antes, aos 128,4 pontos.

A entidade avaliou que o resultado confirma a recuperação gradual do comércio, influenciada pelo varejo. "Não só a política monetária tem estimulado o comércio, mas há políticas setoriais que rebatem no comércio, como a flexibilização de medidas macroprudenciais e para o setor da construção civil", disse o economista da FGV, Aloisio Campelo.

Um exemplo dessa recuperação é o setor de móveis e eletrodomésticos. Em janeiro, o ICOM desse segmento subiu 7,5 por cento e, no trimestre, 1,9 por cento. Só em janeiro ante ao mesmo mês do ano passado, o índice saltou 20,2 por cento em janeiro, depois de alta 10,2 por cento dezembro em relação ao mesmo mês do ano anterior.

No Varejo Restrito, houve queda anual de 3,4 por cento no trimestre findo em janeiro, menos que a taxa negativa de 5,6 por cento registrada nos três meses até dezembro. No Varejo Ampliado, a queda no trimestre encerrado em janeiro foi de 4,5 por cento, abaixo do recuo de 6,7 por cento em dezembro.

"A economia já deu sinais de uma recuperação gradual, e o varejo tradicional foi o que mais reagiu", afirmou Campelo, acrescentando que os juros mais baixos já começam a ter efeito na demanda do comércio varejista.

O Atacado, por outro lado, sofreu tombo de 8,6 por cento nos três meses até janeiro, ante queda de 7,0 por cento na mesma comparação até dezembro. "O atacado atende comércio e indústria, e, como a indústria está ainda num processo de ajustamento de seus estoques, isso pode ter influenciado nas repostas do comércio", segundo Campelo.

Na visão do economista da FGV, é possível que a recente melhora no varejo se traduza em encomendas para o atacado em breve.

O Índice de Situação Atual (ISA-COM) médio -que mede a percepção do setor em relação à demanda no momento atual- recuou 8,0 por cento no trimestre encerrado em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos três meses até dezembro, houve queda de 9,7 por cento.

Na média do trimestre findo em janeiro, 27,1 por cento das empresas avaliaram a demanda como forte e 19,9 por cento como fraca. No mesmo período de 2011 esses percentuais eram de 29,5 por cento e 13,0 por cento, respectivamente.

O Indicador Trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM), por sua vez, mostrou que as expectativas dos empresários continuam menos favoráveis para os próximos meses. O índice recuou 4,0 por cento em janeiro ante o mesmo período do ano passado, num desempenho menos negativo que o registrado em dezembro (-4,6 por cento).

Segundo Campelo, a exemplo da economia, o setor varejista deve ter um ritmo mais forte na transição do primeiro para o segundo semestre. "Poderemos aí voltar a ter números positivos para a confiança. O comércio vai voltar aos poucos, assim como atividade econômica", afirmou.

Fonte: Reuters

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