Comprar um chip para celular do tipo micro-SIM em
planos pré-pagos é tarefa árdua. Em São Paulo, lojas das principais operadoras
tentam forçar o cliente a assinar um plano pós-pago na hora de comprar o chip,
que é menor e funciona com smartphones mais novos, como o iPhone 4S e o Lumia
800.
A
prática vai contra as regras da Anatel, que diz que as operadoras não podem
fazer discriminação na oferta de seus planos de serviço.
Selma
do Amaral, diretora de atendimento do Procon-SP, diz que vincular o micro-SIM
aos serviços pós-pagos pode ser considerado prática abusiva -lojas ou
operadoras podem ser multadas.
"Os
clientes interessados devem exigir a venda do micro-SIM em planos pré-pagos. Se
isso não ocorrer, devem procurar o Procon", diz ela.
Nas
dez lojas da Oi contatadas não foi possível comprar o micro-SIM em planos
pré-pagos. Vendedores só o ofertavam em pós-pago.
O
problema se repetiu com a TIM. De dez lojas procuradas, só uma vendia o chip em
pré-pago, mas desde que o cliente levasse R$ 17 em crédito, além dos R$ 10 do
chip.
Na
Claro, o chip podia ser comprado em pré-pago em duas lojas (de seis ouvidas),
mas a venda também era ligada à compra de crédito.
Essa
prática, segundo a diretora do Procon, pode ser vista como venda casada, o que
é irregular.
A
Vivo foi a única operadora que não dificultou a venda do micro-SIM em pré-pago.
Em
nota, a Oi disse que não vende o micro-SIM no pré-pago por avaliar que não há
demanda de mercado.
A
TIM afirmou que comercializa o micro-SIM em suas lojas e que não faz distinção
entre clientes de pré e de pós-pago. Prometeu apurar os relatos da Folha
e tomar "medidas cabíveis" se as irregularidades forem confirmadas.
A
Claro também disse que vende o micro-SIM pré-pago em suas lojas e que não é
obrigatório comprar crédito extra ao adquirir o chip. Segundo a operadora, o
vendedor apenas orienta o cliente a fazer a recarga para sair da loja já
acessando seus serviços.
Fonte: Folha.com
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