A Entidade...

Minha foto
A CDL tem por finalidade promover a aproximação dos associados, de modo a estimular o companheirismo e a ética profissional, amparar, defender e orientar os interesses dos associados.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Brasil pode economizar R$ 1,1 tri até 2050 com energias renováveis, diz Greenpeace




O Brasil pode ter três vezes mais fontes renováveis em energia elétrica, e 47% mais em matrizes energéticas como um todo, se modificar sua política de investimentos em energia até 2050. Os dados estão em relatório do Greenpeace, ONG que defende causas ambientais.

Com o atual planejamento do governo, o Brasil chegará em 2050 com 54,4% da energia consumida sendo produzida em hidrelétricas, 23% via gás natural, 7,6% com sistema eólico e 4,3% via biomassa. Já no cenário sugerido pela ONG, o país pode chegar a 2050 com 39,6% da energia produzida por hidrelétricas, 21,1% com sistema eólico, 13,4% com energia solar, 7,2% via biomassa e apenas 6,5% via gás natural.

Nesse cenário, fontes como o carvão e óleo combustível deixariam de ser utilizadas.

Nas contas do Greenpeace, a mudança de matriz, com maior participação da energia eólica e solar, elevaria os investimentos em R$ 690 bilhões, mas economizaria R$ 1,1 trilhão em gastos com combustível para abastecer as termelétricas, sobretudo, nesse período.

GOVERNO

Ricardo Baitelo, coordenador de clima e energia da Greenpeace Brasil, vai apresentar o relatório nos próximos dias ao Ministério de Minas e Energia e à EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Segundo ele, o governo ainda não tem dimensão do cenário de demanda energética até 2050. Seu planejamento para em 2030.

O governo prepara um pacote de leilões de concessões energéticas para os próximos anos. Biomassa, eólicas e pequenas centrais hidrelétricas, todas vislumbradas pelo Greenpeace como alternativas, estão inclusas.

A ONG também está em contato com associações que reúnem empresas de energia eólica, como a Abeólica, e de painéis solares, para pleitear mais espaço nas concessões.

Segundo a EPE, até 2020, o Brasil terá 1.400 megawatts (MW) instalados de energia solar. A expectativa do Greenpeace é de 2.800 MW.

"O governo quer trazer mais térmicas para a matriz. Mas isso é a solução para quem não fez a lição de casa", afirma Baitelo.

Com reservatórios abaixo do esperado no ano passado, o governo aumentou o uso da matriz termelétrica, com o intuito de evitar um desabastecimento. Para baixar o custo, o governo quer oficializar essa matriz através dos leilões.

O principal argumento da ONG para defender esse tipo de matriz é que, apesar de exigir investimento maiores, se iniciados agora, em 2030 sua produção será mais barata do que se for mantido o modelo atual, baseado em hidrelétricas e com complementação das termelétricas.

PEQUENAS HIDRELÉTRICAS E BIOMASSA

A ONG se opõe a obras como Belo Monte, grandes usinas hidrelétricas que apenas nos períodos de cheia atingem seu pico de produção de energia. Mas apoia as pequenas centrais, que reduzem os danos ao entorno. Outra fonte benéfica ao meio ambiente é a biomassa.

A EPE afirmou que vai abrir espaço para esse tipo de energia nos próximos leilões, mas Baitelo afirma que as condições não são tão vantajosas quanto as de outras matrizes. "São duas indústrias que estão se sucateando, e que estavam em um bom nível de desenvolvimento há quatro anos", afirma ele.

Segundo Baitelo, falta a elas as mesmas isenções de impostos concedidas ao setor de energia eólica.

Fonte: Folha.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário