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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Não dá para entender estratégia tributária do governo, dizem especialistas




A política de desonerações feitas pelo governo federal parece não ter uma direção, afirmam os especialistas que participaram de um debate sobre reforma tributária realizado na noite de ontem pela Folha.

Para José Roberto Afonso, pesquisador da FGV (Fundação Getulio Vargas), Bernard Appy, diretor da consultoria LCA e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, e Joaquim Levy, diretor-superintendente da Bradesco Asset Management, guerra fiscal entre Estados também é um problema atual que precisa ser enfrentado.

O debate foi mediado por Valdo Cruz, repórter especial da Folha.

Os participantes se mostraram bastante críticos à atual política de desonerações do governo. "Não dá para saber qual é a estratégia do governo. Talvez eles saibam, mas não contaram para ninguém", disse Afonso.

Appy também criticou o movimento. "O governo gastou boa parte do espaço fiscal que tinha para desonerar a folha de pagamento. Seria melhor ter usado isso para viabilizar uma reforma do ICMS. Agora não temos mais espaço fiscal para eventuais perdas de arrecadação", disse.

"Eu preferiria ter reduzido a carga [da folha de pagamento] em dez anos de 20% para 10% de maneira geral do que ficar escolhendo setor. Do jeito que fizeram, você cria uma fila de gente pedindo. Empresas eficientes que criaram tecnologia são penalizadas, porque têm menos empregados."

Levy concordou. "Ao mudar a base da folha de pagamento para o faturamento, você precisa ficar ajustando a alíquota para cada setor, e pode até errar e acabar aumentando o custo de alguns. Em tributação, você não pode improvisar."

Fonte: Folha.com


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