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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Clima econômico melhora no Brasil, mas patamar segue ruim, diz FGV/Ifo



Indicador que mede o sentimento dos especialistas em relação à economia brasileira melhorou em outubro, contrariando a média da América Latina e mundial, mas apesar disso segue em patamar ruim, de acordo com a "Sondagem Econômica da América Latina", elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo instituto alemão Ifo. 

O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico para o Brasil subiu 3,6%, de 55 pontos em julho para 57 em outubro, graças à melhora das expectativas. A avaliação quanto à situação atual, contudo, teve forte queda. Apesar da melhora, o indicador brasileiro segue bem abaixo de cem pontos, limiar entre a zona favorável e a desfavorável, e entre os latino-americanos é pior apenas que o da Venezuela e o da Argentina.

A sondagem de outubro também fez uma enquete sobre os principais problemas que os países enfrentam em relação ao crescimento econômico. No Brasil, foram considerados problemas importantes em ordem decrescente: falta de confiança na política do governo, falta de competitividade internacional, inflação, déficit público e falta de mão de obra qualificada. Nos 11 países analisados na América Latina, Colômbia e Paraguai se destacaram por registrar apenas um problema como relevante: competitividade internacional e mão de obra qualificada, respectivamente.

Na média da América Latina, o indicador de clima econômico (ICE) caiu 4,8%, de 84 para 80 pontos, puxado por recuos do México (com peso de 35,4% na composição do indicador), Chile (peso de 7,4%) e Colômbia (5,5%). O México registrou queda de 5% no ICE, que passou para a zona desfavorável.

As perspectivas para os próximos seis meses indicam uma piora no desempenho econômico. Os indicadores de Chile e Colômbia recuaram, respectivamente, 15,7% e 10,7%. O Brasil tem peso de 22,7% no indicador. Os pesos são dados pela participação da corrente de comércio (exportações mais importações) de cada país.

Na comparação entre julho e outubro as expectativas melhoraram em cinco dos 11 países analisados (Brasil, Chile, Equador, Paraguai e Peru); ficaram estáveis em dois (Bolívia e Venezuela) e pioraram nos outros quatro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, chama atenção a melhora das expectativas no Chile (alta de 62%) e no Peru (36%). 

A avaliação da situação atual mostra igualmente que a região está longe de entrar numa fase de otimismo, segundo a sondagem, pois analistas de apenas cinco países veem uma situação favorável ? Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai ? sendo que na Colômbia e no Uruguai o indicador recuou entre julho e outubro. 

No plano mundial também houve piora do clima econômico. O ICE do Mundo, que havia melhorado entre abril e julho, caiu 14% em outubro ao passar de 130 pontos, em julho, para 112 pontos. Mesmo assim, o indicador manteve-se na zona favorável do ciclo. A piora do ICE mundial foi puxada pelas principais economias: União Europeia ( -13%), China (-13%) e Estados Unidos (-8,3%). A queda significativa do indicador sinaliza uma piora do cenário econômico mundial para os próximos seis meses.

Por fim, a projeção do PIB da América Latina pelos especialistas consultados pelo Ifo para os próximos 3 a 5 anos registrou piora em relação ao dado de outubro de 2013, passando de 3,2% para 2,9%. No mundo houve ligeira melhora, de 2,6% para 2,7%. O cenário mundial continua incerto, pois na União Europeia o aumento foi marginal de 1,6% para 1,7%, na China caiu de 6,8% para 6,4% e uma nítida melhora ocorreu apenas nos Estados Unidos onde a projeção passou de 2,2% para 2,6%.

Fonte: UOL Notícias

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