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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pesquisa da Acrefi confirma país dividido após as eleições



Nos três dias imediatamente posteriores às eleições, a maior parte dos brasileiros estava apreensiva com o futuro, embora quase a metade deles acreditasse que a presidente reeleita poderia trazer melhoras em algumas de suas principais preocupações, como a inflação, o crescimento da economia e a reforma tributária. Quando separados de acordo com os candidatos em que votaram, no entanto, as perspectivas mudam completamente.

Foi o que mostrou uma pesquisa feita com mil entrevistados em todo o país, pelo instituto internacional de pesquisas TNS, a pedido da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) para captar o sentimento logo após o período que o levantamento chamou de "alívio da definição" pós-eleição presidencial. 

Segundo a pesquisa, 37% dos brasileiros disseram estar otimistas com o futuro naquele momento, enquanto 47% se diziam preocupados. Outros 6% afirmaram enxergar o futuro com resignação e 10% se declararam pessimistas - "o que é absolutamente normal em qualquer país, ter uma parcela insatisfeita na base", explicou James Corrand , da TNS, coordenador da pesquisa.

Entre aqueles que votaram na candidata Dilma Rousseff (PT) e no candidato Aécio Neves (PSDB), porém, os resultados são completamente diferentes. Entre os eleitores petistas, 75% acreditam que as coisas irão melhorar, enquanto apenas 19% estão preocupados, além de 4% resignados e 2% pessimistas. No lado de Aécio Neves, os otimistas somam apenas 6%, contra 69% preocupados e 18% pessimistas. Outros 7% se disseram resignados.

O mesmo aconteceu quando perguntados sobre a credibilidade no fato de que presidente será capaz de resolver problemas como inflação, crescimento econômico e engrenar reformas política e tributária. No total, 45% se afirmaram confiantes de que haverá melhora nestes pontos, contra 55% que se disseram descrentes. Estes últimos, no entanto, estão concentrados praticamente em sua totalidade no grupo dos que deram seu voto ao candidato do PSDB: nesta divisão, 86% desacreditam nas mudanças, e apenas 14% afirmam que irá melhorar.

Do lado de Dilma, são 83% os que acreditam que Dilma será capaz de avançar nas principais prioridades, e 17% que acham que não. "Mostra de fato um país dividido, mas é bom lembrar que isso não é uma exclusividade do Brasil", a valiou Corrand. "A mesma coisa está acontecendo em outros países. Os Estados Unidos estão divididos entre democratas e republicanos, que conquistaram vários assentos no Congresso e estão levando tempos difíceis para Barack Obama; e o Canadá, em todas as últimas eleições, tivemos o que chamamos de "governo minoritário", governantes que não foram eleitos pela maioria." 

Corrand sublinha também que os resultados dizem respeito ao período bastante peculiar dos três dias seguintes às eleições, "em que as pessoas ainda estão tomadas pelo calor das discussões". Com o tempo, diz, a tendência é que as coisas voltem a se acomodar e a convergir um pouco mais.
Fonte: UOL Economia

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