Muitos
já devem ter ouvido que a necessidade é a mãe das invenções. No entanto, Joshua
Slayton, cofundador da Angel List, uma espécie de rede social para start-ups
(empresas iniciantes) encontrarem investidores, tem uma versão diferente do
ditado. Ele diz: "a preguiça é a mãe das invenções".
O empreendedor norte-americano esteve em São Paulo, para
participar do Case 2014 (Conferência Anual de Start-ups e Empreendedorismo),
que terminou ontem (4).
Segundo Slayton, todas as invenções já criadas têm o objetivo de
tornar a vida das pessoas mais fácil, cômoda ou agradável. E é justamente isso
o que as empresas iniciantes devem buscar. "Fazemos coisas para tornar a
vida mais fácil, não para nos mantermos mais ocupados", afirma.
A Angel List tem a proposta de facilitar a vida de
empreendedores que precisam de investimento e também dos investidores que têm
dinheiro, mas não sabem em quais empresas aplicar. A plataforma ainda serve
para as start-ups postarem vagas de emprego.
O próprio sistema criado pela empresa faz o cruzamento das
informações concedidas pelos usuários e sugere conexões com objetivos em comum,
semelhante ao que é feito pelo LinkedIn. Empreendedores e investidores também
podem seguir uns aos outros e trocar mensagens.
"Foi necessário muito trabalho para desenvolvermos a
ferramenta, mas agora não preciso de ninguém fazendo esse cruzamento de dados.
Não adianta a empresa facilitar a vida do cliente se ela vai dificultar a do
empresário", declara.
De acordo com Slayton, apenas no mês de outubro foram
movimentados mais de US$ 9 milhões (R$ 22,5 milhões) em investimentos pela
plataforma. A empresa sediada em San Francisco, nos Estados Unidos, reúne 35
mil investidores e 380 mil empresas de todo o planeta, sendo 127 mil ativas.
Não tenha medo de falhar
Para Slayton, falhar também faz parte do caminho de uma
start-up. Muitos empreendedores já faliram diversas vezes antes de criarem uma
empresa de sucesso. No entanto, segundo ele, o mais importante é reconhecer a
derrota e aprender com o erro.
Na própria Angel List, o empreendedor cita uma tentativa de
incluir a contratação de advogados para as start-ups na plataforma. Porém, o
tiro saiu pela culatra e o projeto foi um grande desperdício de dinheiro.
"O mercado não queria o serviço e os advogados também não o queriam",
diz.
Como lição, a Angel List aprendeu que deveria focar seus
esforços apenas nas empresas iniciantes e nos investidores. "Águas
tranquilas não fazem marinheiros habilidosos. São situações como essas que
fazem um negócio se desenvolver", declara Slayton.
Fonte: UOL Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário