O
Operador Nacional do Sistema (ONS) afirmou nesta quinta-feira que não há
indício de risco de racionamento de energia no Brasil em 2015.
Segundo o diretor geral do órgão responsável pela coordenação e
controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia
elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), Hermes Chipp, a indicação é de
chuva na média ou acima da média já a partir de novembro.
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio
Zimmermann, que assim como Chipp participa de evento em Brasília, reforçou que
não há risco de déficit de energia no próximo ano.
De acordo com Zimmermann, o fato de o risco calculado pelo
governo ter chegado a 5 por cento, limite máximo tolerável, não significa que o
racionamento seja necessário.
"Essa tolerância é para o risco após a estação chuvosa. É
preciso esperar o fim de abril para se calcular o risco real", afirmou.
Ontem, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE),
elevou de 4,7 para 5 por cento o risco de déficit de energia em 2015 no Sudeste
e no Centro-Oeste do país.
Segundo Chipp, não se decreta racionamento com base nesse risco
e sim caso os recursos disponíveis sejam insuficientes para atender a demanda,
o que não é o caso.
Ele afirmou que não somente as previsões dos institutos
meteorológicos são de chuvas na média ou acima da média já em novembro, como
também contemplam chuvas nas regiões dos maiores reservatórios.
"A indicação é de que não vai chover apenas na região Sul.
Ela sobe para o Sudeste, para a região de fronteira entre São Paulo e Minas
Gerais (onde estão grandes represas)", disse.
Se as chuvas ficarem na média na estação chuvosa deverá ser
preciso continuar com as termelétricas ligadas, afirmou Chipp. Mas caso as
chuvas fiquem acima da média, pode até ser possível desligar as térmicas mais
caras mais para frente, completou.
Em palestra durante o evento, promovido pela Associação
Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), ele
reiterou que o fato de o risco do déficit ter subido de 4,7 para 5 por cento
"não significa nada".
"Poderia chegar a 10 por cento que não haveria decisão da
nossa parte", disse Chipp.
Segundo o diretor geral do ONS, as maiores preocupações referentes
ao setor elétrico são estruturais, e não conjunturais como a questão das
chuvas. Entre os problemas estruturais citados por ele estão os atrasos em
obras, por exemplo.
"Temos de trabalhar para não deixar atrasar mais
nada", afirmou Chipp, acrescentando que o país não pode mais desperdiçar
megawatts como no passado.
Fonte: REUTERS
Nenhum comentário:
Postar um comentário