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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Educação empreendedora em debate na Semana Global de Empreendedorismo



Estamos em plena Semana Global de Empreendedorismo (SGE), que é, na realidade, o Mês Global de Empreendedorismo, pelo menos no Brasil. Criada em 2007, é uma iniciativa do então presidente da Kauffman Foundation (fundação americana dedicada à disseminação do empreendedorismo), Carl Schramm, e de Gordon Brown, ex-primeiro ministro da Inglaterra.
O evento cresceu aos poucos e esse ano tem 140 países participantes. No ano passado, a SGE no Brasil atingiu seis milhões de pessoas, por meio de 25 mil atividades desenvolvidas por mais de 9.000 parceiros.
Que atividades são estas? Visam o que? O objetivo é expandir e fortalecer a cultura empreendedora, inspirando, sobretudo, os jovens, mas, de fato, a todas as pessoas. Deste modo, disseminam-se exemplos e lições aprendidas na trajetória de nossos empreendedores e ofertam-se inúmeras atividades de capacitação, objetivando desenvolver as competências necessárias para se criar um negócio.
Estas atividades podem ser palestras, oficinas, competições, exposições, concursos, encontros, visitas, ou seja, o que a imaginação puder criar no sentido de promover o comportamento e o espírito empreendedor.
Já discuti aqui o comportamento empreendedor e suas competências, que podem ser empregadas como intraempreendedores, empreendedores sociais, religiosos, funcionários públicos e políticos empreendedores (raros, mas existem!) e qualquer seara da atividade humana.
A SGE também visa facilitar as conexões entre as pessoas, de modo a fortalecer o ecossistema empreendedor no Brasil e no mundo. Aqui, a liderança geral e a plataforma em que se registram todas as atividades desenvolvidas durante a SGE estão a cargo da Endeavor Brasil, que opera por meio de comitê nacional e regionais, parceiros, patrocinadores e apoiadores.
Se você quiser saber o que está sendo oferecido este ano consulte o sitewww.semanaglobal.org.br. Também pode registrar lá sua iniciativa ou a da sua escola, instituição ou faculdade. Ainda há tempo. O ideal do movimento é estar contribuindo para o desenvolvimento social e econômico, pelo desenvolvimento das pessoas.
Assim, quero chamar a atenção, mais uma vez,  para o papel fundamental exercido por professores no que se refere ao desenvolvimento de nossas crianças e jovens. A educação para o empreendedorismo, em seu sentido amplo, como destaca o professor, pesquisador e especialista em empreendedorismo Louis Jacques Filion, da HEC, universidade do Canadá, tem a ver com identificar oportunidades, inovar baseado numa visão.
Aliás, em plena SGE, Filion estará em São Paulo, nos dias 10 e 11 de novembro, no Encontro internacional sobre educação e empreendedorismo nas instituições de ensino, num evento patrocinado pelo Sebrae-SP, e que será realizado nas instalações da Escola de Negócios do Sebrae-SP. Oportunidade única para aqueles que são professores de educação empreendedora ou interessados em se tornar um.
É um evento gratuito, sendo que as inscrições ainda estão abertas neste link:http://zip.net/bbp6SJ. Além das palestras com Filion, outro especialista em empreendedorismo, Rico Baldegger, da HEG Fribourg, universidade da Suíça, colaborará com outra experiência internacional de educação empreendedora.
Filion destaca que é importante aprender bem sobre o que está envolvido no ato empreendedor, as diferentes intensidades do empreender, como se pode aprender a empreender. Enfatiza que empreender é um ofício, uma arte que se aprende a partir de conhecimentos básicos e do domínio de habilidades básicas.
Porém, o ofício de empreender envolve a necessidade de aprender e de praticar, sobretudo, com alguém que já pratica o empreendedorismo. Ou seja, destaca a importância da aprendizagem com outros que servem de modelo, de espelho. E este processo de aprendizagem, quer com outros empreendedores ou mesmo ao longo da própria trajetória, é um processo sem fim.
Como este ofício poderia ser promovido nas instituições de ensino, especialmente nas de nível superior, se já não foram estimulados antes ao longo da educação? Aí reside o grande desafio, tanto para as instituições quanto para os professores e facilitadores. Como gerar um ambiente, uma experiência, que seja capaz de aproximar o jovem desta realidade dos empreendedores?
Fazer palestras e visitar empresas são os recursos mais comuns. É mandatório ir além: Filion e outros especialistas destacam que a pedagogia deve ser ativa, interativa e que coloque o jovem no centro da ação e da aprendizagem. É imperativo fazê-los se envolver com a prática, o mais aproximado e real possível, dos empreendedores.
As atividades, os desafios e projetos precisam incentivar os jovens a trabalhar em grupo, se colocando no papel do empreendedor e vivenciando situações do cotidiano. Buscando e interagindo com situações, pessoas, recursos e ambiente, obtendo e analisando respostas e resultados, que conduzirão à busca de alternativas e de soluções inovadoras. Quem quiser saber mais e queira agarrar as oportunidades da SGE, as informações estão aí!
Fonte: UOL Economia

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