Há
situações nas quais em vez de analisar em detalhes uma oportunidade, o
empreendedor cria a oportunidade. Mas esse tipo de abordagem não é aplicável a
todo tipo de negócio. Você precisa saber se há uma perda em potencial acima de
sua capacidade de arcar com um eventual prejuízo (em caso de não dar certo o
negócio).
Para
saber se é o seu caso, responda a algumas perguntas: Quem sou? O que eu sei?
Quem eu conheço? As respostas dirão se é possível começar a partir do que você
possui e então partir para a ação. Essa abordagem indica ainda ao empreendedor
que ele não deve ficar esperando pela oportunidade ideal e que não adote a
estratégia de buscar o que não tem em outros lugares.
As
variáveis estão mais sob o controle do empreendedor, mas sua capacidade de
escalabilidade é limitada, dependendo das respostas às perguntas.
Quem
sou não se refere apenas a autoanálise de perfil do empreendedor, mas a suas
crenças, valores etc. O empreendedor é o principal ativo do negócio, além das
pessoas que atrairá para compor a equipe que desenvolverá a empresa com ele.
O que
sei se refere ao conhecimento e experiência do empreendedor. Por exemplo, você
terá muito mais chances de sucesso ao criar um negócio que requer conhecimento
técnico caso sua área de atuação e formação sejam condizentes com este negócio.
Quem eu
conheço refere-se a suas relações interpessoais, a sua rede de contatos. Os
empreendedores mais experientes sabem que nutrir e desenvolver a rede de
contatos é tão importante quanto qualquer outra atividade do negócio.
Após
responder às três perguntas, o empreendedor deve definir quais são suas perdas
aceitáveis, ou seja, o que ele está disposto a perder. Note que o processo
tradicional de planejar para atingir um objetivo não se aplica neste caso.
Mais
que pensar no que você quer ganhar deve-se pensar no que você está disposto a
perder. Essa regra pode ser resumida como em uma situação na qual você joga um
jogo em que os resultados são imprevisíveis. O conselho é que você siga duas
regras: não aposte mais do que você pode esperar como retorno e não aposte mais
do que você está disposto a perder.
De
fato, a ideia aqui é que você defina o que está disposto a perder de dinheiro,
tempo (ou período sem ganhos, por exemplo) e oportunidades no mercado de
trabalho (ao se dedicar ao negócio próprio você fecha as portas para
oportunidades de trabalho).
Parece
simples, mas há bastante risco nesta abordagem. Se não houver comprometimento
do empreendedor, a perda que ele definiu como aceitável pode ser maior que a
esperada.
Como
você lidará com situações imprevisíveis, deverá ter alta tolerância a situações
ambíguas, incertas, e não terá como prever o futuro, já que não planejou ou não
conseguiu planejar.
Fonte: UOL Notícia
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