Todo
empreendedor sobrevivente superou, em alguma fase de seu negócio, uma temporada
ruim. Ela surgiu de surpresa.
Uma
temporada ruim começa com um incidente ruim, como um contrato quase fechado que
evapora no ar, seguido de outro pior ainda, ou seja, um contrato já em
andamento que é sumariamente suspenso. Temporada ruim que se completa por um
empréstimo confirmado no seu banco que uma mudança nas taxas de juros o torna
inviável.
Pronto.
A danada da temporada ruim está caracterizada. Ela chega e quebra seu
caleidoscópio de oportunidades e alternativas que o estimulavam a surpreender
seus clientes, com as soluções sempre imprevistas e, que se provavam
absolutamente inadiáveis.
O que fazer? Se você se recorda dessas fases, talvez nem se
lembre como as superou. Mas se ainda está no início da trajetória empreendedora
talvez considere minhas ponderações. E já adianto que serão
propostas como roldanas que tentarão ajudá-lo a sair desse buraco.
As
circunstâncias trazem mensagens cifradas. Tanto nas épocas boas (as quais
desfrutamos mais do que prestamos atenção); como nas fases más (que repudiamos
e que deveríamos sondar em profundidade).
Quem sabe a temporada ruim foi alimentada por sua falta de
necessidade em relação aos resultados do empreendimento. Sempre
tocou o negócio como um hobby, já que tem a garantia daquela herança ou daquele
outro bico paralelo, ainda da época do seu emprego antigo, que lhe garante a
sobrevivência.
Ou os
azares se acumularam de tanto você desprezar a boa sorte que na maioria das
vezes iluminou seu destino. Cuidou com tão pouco caso os seus clientes,
com o nariz tão empinado que fechou um a um os poros sensíveis de sua
clientela, comprometendo a empatia e impedindo as sinergias.
Ou
ainda, você está mesmo de saco tão cheio do atual negócio que chega a
terceirizar o contato com os principais clientes, a responder com indiferença
àqueles que ainda contam com sua inventiva criatividade.
Há
também a hipótese de você estar tão estressado que se colocou no automático.
Sem energia até mesmo para sorrir para uma criança. Incapaz de contagiar os
parceiros e tenha se tornado um morto-vivo, que circula entre a sua mesa na
empresa, a mesa dos restaurantes e o sofá de sua sala de estar.
Para
todas essas más fases é possível uma saída. E todas têm a ver com sua
determinação de manter as portas abertas mais um dia. Até transformar toda a
angústia acumulada numa explosão de criatividade (e sorte) e passar a sorrir
para as boas fases que chegarão. Mas que você se esquecerá como elas se
manifestam.
Fonte: UOL Economia
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