O
contribuinte que ainda não recebeu sua restituição pode conferir se está tudo
certo com sua declaração para evitar ser pego na malha fina e sofrer um
processo de fiscalização pela Receita Federal. Se houver erros, a multa pode
chegar a 225% sobre o imposto devido.
Segundo o advogado especializado em direito tributário Marcelo
Diniz, do escritório LCDiniz & Advogados, é quase certo que idosos e
contribuintes com moléstia grave que ainda não receberam a restituição do
Imposto de Renda tenham caído na malha fina. Na sexta-feira (15), a Receita depositou
o 3º lote de restituição.
O sinal
amarelo se acende porque idosos e pessoas com moléstia grave têm, pela lei,
prioridade na restituição do Imposto de Renda. "Se ainda não receberam, é
sinal de que há algo errado com a declaração", diz o advogado.
O erro
pode ter sido muito simples, afirma Diniz, como um mero esquecimento da parte
do contribuinte de se identificar como pessoa portadora de moléstia grave.
Há um campo apropriado para isso na página de identificação do
contribuinte.
Código
de acesso permite verificar problemas na declaração
É fácil verificar se a declaração está com algum problema. Basta
criar o código de acesso do contribuinte na página da Receita Federal. Para isso, é necessário
ter o número do recibo das duas últimas declarações (no caso, as de 2013 e
2014), além do CPF.
O advogado aconselha o contribuinte a identificar o erro e retificar a declaração de maneira espontânea.
Se o
erro for grave, como deixar de informar valores tributáveis recebidos, como
aluguel, salário, pensão alimentícia ou mesmo inclusão de despesas dedutíveis
indevidas, como gastos com educação e saúde sem comprovação, o resultado pode
ser um processo de fiscalização da Receita Federal.
"O
principal impacto desse processo é a questão da multa", diz. Ele afirma
que, se o contribuinte não declarou de forma correta e tiver imposto adicional
a pagar, a multa máxima será de 20% do imposto devido.
Quando
a Receita fiscaliza, contribuinte não pode mais retificar
Mas
quando a Receita inicia uma fiscalização, o contribuinte perde o direito de
retificar o IR espontaneamente e fica sujeito à cobrança de multa, que varia de
50% a 225% sobre o imposto devido, além de não obter a restituição do IR.
A multa
de 225% é aplicada quando há embaraço ao procedimento de fiscalização.
"Normalmente, a multa varia entre 75% e 150% do imposto devido. Essa multa
de 150% é aplicada quando o contribuinte quis enganar a Receita, colocando
despesas de saúde que não existiram, por exemplo", afirma Diniz.
Fonte: UOL Notícias
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